A deputada federal Lêda Borges está descontente com seu partido, o PSDB, não é de agora. Isso não é segredo para ninguém. Tanto que a parlamentar, diz-se, está com um pé fora da legenda e um mindinho dentro. Acontece que, ultimamente, Lêda não tem feito mais nenhuma questão de esconder que tanto a sigla quanto sua maior liderança há tempos já não a atendem.
A coluna Bastidores apurou que na quarta-feira da semana retrasada, a deputada esteve em um encontro de lideranças tucanas em Brasília que incluiu nomes como o do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e, é claro, do presidente nacional da legenda, o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo.
Após as falas dos presentes sobre os rumos do PSDB, revelou uma fonte à coluna, Perillo teria dito que gostaria de ouvir a posição de Lêda. Impassível e quase indiferente, com a voz baixa e pausada, a deputada federal teria soltado: “Já que é para falar, gostaria de falar que há tempos o senhor tem pesado o cajado sobre mim”.
A expressão, conforme interlocutores à coluna Bastidores, faria referência ao fato de Perillo ter colocado a deputada “na geladeira”, isolando-a até na hora de distribuir o Fundo Eleitoral (verba direcionada pelo diretório nacional de um partido para uso em campanha dos candidatos). As represálias sutis e contínuas do ex-governador contra Lêda se deveriam à boa relação que ela tem mantido com o atual chefe do Executivo estadual, Ronaldo Caiado – maior rival político de Perillo.
No dia seguinte, o presidente tucano teria ligado para Lêda, convidando-a para o evento, no dia 28 de abril, para oficializar a destinação de R$ 1,5 milhão da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por meio do imposto de renda incentivado, para o Hospital de Câncer Araújo Jorge. A deputada parece ter recusado, pois não deu as caras na cerimônia que contou com a presença de Perillo.
Como dito, a saída de Lêda Borges do PSDB – ainda mais com a fusão do partido com o Podemos – é mera questão de tempo. A deputada federal ainda não crava para onde vai, mas fontes fidedignas dão conta de que o caminho principal é o Republicanos de Marcos Pereira e Roberto Naves. (T.P.)
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