“É uma leitura profundamente satisfatória, embora nostálgica e — dado o recente triunfo de Giorgia Meloni nas eleições italianas — preocupantemente relevante.” — The Guardian
Benito Mussolini, o duce italiano, era um Hitler mais histriônico? O ditador era mulherengo e gabava-se de seu desempenho sexual. Governava, claro, como ditador e, como tal, perseguia os adversários — os reais e os imaginados por sua equipe de fascistas fanáticos.
Os historiadores têm razão em focar mais em Mussolini, o Hitler da Itália, do que em sua família. Mas o conhecimento da família, sobretudo de uma parentela participante, é importante tanto para conhecer seu líder quanto parte dos acontecimentos.

O conde Galeazzo Ciano, figura importante do governo de Mussolini, é mais conhecido. Era genro do ditador, casado com Edda Mussolini.
Mas Edda Mussolini, que era bem próxima do pai e, por assim dizer, o ajudava a governar, é menos conhecida. Era, por exemplo, uma das pontes com o governo de Adolf Hitler, o poderoso chefão da Alemanha nazista. Não se tratava de uma figura secundária, e sim uma personagem da linha de frente.
Por isso é importante a leitura da biografia “Edda Mussolini — A Mulher Mais Perigosa da Europa” (Crítica, 432 páginas), da jornalista e pesquisadora britânica Caroline Moorehead (autora de uma excelente biografia da jornalista americana Martha Gellhorn. Leia dois textos no Jornal Opção: https://tinyurl.com/36jzuca3 e https://tinyurl.com/3ms63jj2). A biógrafa pesquisa como historiadora rigorosa e escreve como escritora de primeira linha.

Leia o release divulgado pela Crítica
“Uma biografia emocionante da filha favorita de Benito Mussolini e um relato de tirar o fôlego sobre o desmoronamento do sonho fascista na Itália.
“Edda Mussolini foi a filha e a confidente do ditador Benito Mussolini durante os 20 anos de governo fascista.
“Mimada e adorada pelo pai, atuou como enviada tanto para a Alemanha como para o Reino Unido, e desempenhou papel importante na orientação da Itália para se aliar a Hitler.

“Desde seus 20 anos, foi efetivamente a primeira-dama de seu país. Casou-se com Galeazzo Ciano, que se tornaria o mais jovem ministro das Relações Exteriores da história italiana, formando o casal mais celebrado e glamouroso da sociedade fascista romana, elegante e vulgar.
“Sua sorte mudou em 1943, quando Ciano votou contra Mussolini em uma conspiração para derrubá-lo, ato não perdoado por seu sogro.
“Em uma história dramática que inclui diários secretos, a queda de Il Duce, a execução de seu marido, uma fuga para a Suíça e um período de exílio, conhecemos uma mulher complexa, audaciosa e determinada que emerge não apenas como uma testemunha, mas também como protagonista em alguns dos momentos definidores do século XX. E vemos a Itália fascista com toda sua pompa, decadência e intriga política, além da turbulência que precedeu seu violento fim.”
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