O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresenta estado de saúde estável após dar entrada no Hospital Rio Grande, em Natal (RN), na manhã desta sexta-feira, 11, com quadro de distensão abdominal e dor. Segundo boletim médico oficial, divulgado por sua esposa, Michelle Bolsonaro, o ex-presidente está sendo submetido a exames médicos complementares.
De acordo com a unidade de saúde, Bolsonaro chegou com sinais de semioclusão intestinal, mas encontra-se orientado, sem dores e com os parâmetros vitais estáveis. O tratamento inclui hidratação, profilaxia antibacteriana, e a introdução de sonda nasogástrica para controle do quadro clínico.
Por enquanto, não há necessidade de cirurgia. Em entrevista coletiva às 13h desta sexta, o cirurgião Hélio Barreto e o diretor geral do hospital, Luiz Roberto Fonseca, afirmaram que Bolsonaro tem condições clínicas para ser transferido por UTI aérea, caso necessário.
A decisão será tomada após a conclusão dos exames. Por motivos de segurança, um andar inteiro da unidade foi reservado ao ex-presidente. “O paciente saiu de uma situação de emergência e agora está sob acompanhamento clínico, com dieta zero e monitoramento do funcionamento intestinal. Não há sinais de abdômen agudo ou infeccioso que justifiquem cirurgia neste momento”, explicou Fonseca.
Internação de Bolsonaro no RN: como tudo aconteceu
Bolsonaro passou mal durante uma visita ao município de Tangará, a 98 km de Natal, enquanto cumpria agenda política no Rio Grande do Norte. Após relatar fortes dores abdominais, ele foi levado ao Hospital Municipal Aluízio Bezerra, na cidade vizinha, Santa Cruz, onde foi estabilizado.
Em seguida, o ex-presidente foi transferido de ambulância para o estádio municipal de Santa Cruz, onde embarcou em um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do RN. A aeronave pousou às 10h54 no Hospital Walfredo Gurgel — única unidade com heliporto no estado — e, de lá, Bolsonaro foi levado de ambulância ao Hospital Rio Grande, onde deu entrada às 11h10.
Bolsonaro estava no estado para participar de um evento do PL e realizar visitas a obras federais que receberam recursos durante sua gestão. Após o ocorrido, toda a agenda política de Bolsonaro no RN foi cancelada.
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