Os principais nomes em Goiás que podem puxar votos para deputado federal em 2026

Com a proximidade das eleições de 2026, partidos em Goiás começam a definir suas estratégias para conquistar cadeiras na Câmara dos Deputados. Alguns nomes já despontam como favoritos para puxar votos e fortalecer suas legendas.

Assim, o Jornal Opção destacou os principais nomes que devem concorrer à Câmara Federal. Confira:

Bruno Peixoto (União Brasil)

No União Brasil (UB), o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, é um nome cotado. Com uma trajetória política sólida, ele iniciou sua carreira como vereador de Goiânia em 2004. Em seu segundo mandato, em 2008, destacou-se ao obter 12.850 votos, sendo o mais votado naquela eleição.

Em 2011, ascendeu à Alego, onde tem exercido influência significativa. Nas eleições de 2022, alcançou a marca histórica de 73.692 votos, tornando-se o deputado estadual mais votado de Goiás.

A decisão de concorrer a uma vaga na Câmara Federal foi reafirmada por Peixoto em fevereiro de 2024, quando, durante sessão ordinária, comunicou sua desistência de disputar a prefeitura de Goiânia para focar na candidatura federal. Essa estratégia visa ampliar sua atuação política e fortalecer a representação goiana no Congresso Nacional.

Apesar de estar filiado ao UB, o Avante aposta em sua candidatura para alavancar a legenda no estado. Lideranças do partido projetam que, com o potencial de Peixoto, a sigla possa ultrapassar a marca de 300 mil votos, consolidando-se como uma força política relevante em Goiás.

Além de Peixoto, o Avante planeja lançar outros nomes de peso para as eleições de 2026, como Andréia Rezende (Avante), vereadora por Anápolis, e Lucas Calil (MDB), deputado estadula por Goiás, visando ampliar sua bancada federal.

Questionado ao Jornal Opção, Peixoto reafirmou: “Minha chapa é Caiado presidente, Daniel governador, Gracinha senadora e eu deputado federal”. O deputado ressaltou que a liderança de Caiado é fundamental para o sucesso da equipe. “Nosso líder é o governador Ronaldo Caiado. Ele vai nos liderar nesse processo”, declarou.

Silvye Alves (União Brasil)

A jornalista e deputada federal, Silvye Alves (UB), é considerada uma forte puxadora de votos para as eleições de 2026. Em 2022, Silvye foi a candidata mais votada no estado, recebendo 254.653 votos, o que representou 7,39% dos votos válidos.

Sua expressiva votação em 2022 não apenas garantiu sua cadeira na Câmara dos Deputados, mas também contribuiu para a eleição de outros candidatos de sua coligação. Na ocasião, sua votação ultrapassou o quociente eleitoral, que é a quantidade mínima de votos necessários para que um partido ou coligação eleja um representante.

Para as eleições de 2026, o União Brasil planeja ampliar sua bancada federal por Goiás, almejando eleger até cinco deputados. Há uma expectativa de que Silvye e Bruno Peixoto sejam os campeões de voto, possivelmente ultrapassando a marca de 200 mil votos cada.

A reportagem tentou contato com a deputada durante a semana por telefone e via assessoria de imprensa, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Paulo do Vale (UB)

O ex-prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil), surge como um dos nomes cotados para disputar uma vaga no Senado Federal por Goiás nas eleições de 2026. Com forte base política no Sudoeste goiano e histórico de gestões bem avaliadas, ele se posiciona como uma opção viável dentro do grupo governista.

Paulo do Vale, que esteve à frente da prefeitura de Rio Verde de 2017 a 2024, consolidou sua liderança regional com investimentos em saúde, infraestrutura e desenvolvimento econômico. Sua gestão foi frequentemente associada ao fortalecimento do agronegócio e à modernização dos serviços públicos, fatores que ampliaram sua influência no cenário estadual.

Mesmo cotado para disputar uma vaga no Senado, o ex-prefeito confirmou ao Jornal Opção na última semana que já está em campanha para deputado federal nas eleições de 2026. Apesar disso, ele não descarta uma possível candidatura ao Senado ou a vice-governador, caso haja entendimento dentro do grupo político ao qual pertence.

“Essas definições de majoritária vão acontecer a partir do ano que vem. Agora, particularmente, eu já estou trabalhando para deputado federal”, afirmou Paulo do Vale. Segundo ele, o foco atual é consolidar alianças e estruturar sua candidatura à Câmara dos Deputados.

Lucas do Vale (MDB)

Representante do sudoeste goiano, Lucas do Vale, filho de Paulo do Vale, é uma liderança jovem em ascensão. Em 2022, foi o segundo deputado estadual mais votado e, desde então, tem trabalhado para ampliar sua base política, sendo cotado para uma candidatura a deputado federal em 2026.

Natural de Rio Verde, Lucas do Vale é médico nefrologista. Ele ingressou na política em 2022, tendo se destacado, desde então, por sua articulação política. Nas eleições municipais de 2024, desempenhou papel fundamental em várias campanhas vitoriosas, não apenas no Sudoeste goiano, mas também em outras regiões.

Em Uruaçu, no Norte do Estado, seu apoio foi crucial para a eleição de Azarias Machadinho, do MDB, à prefeitura. A estrutura político-eleitoral de Lucas do Vale é robusta, contando com o respaldo de seu pai e do prefeito de Rio Verde, Wellington Carrijo (MDB).

Essa base sólida o posiciona como um dos favoritos na disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2026. Analistas políticos apontam que, ao lado de nomes como Bruno Peixoto e Silvye Alves, Lucas do Vale tem grandes chances de ser um dos campeões de votos no próximo pleito federal.

Célio Silveira (MDB)

No MDB, um nome cotado é o do deputado federal Célio Silveira. Com uma trajetória marcada por resultados expressivos, sua influência é vista como fundamental para o êxito eleitoral de candidatos em Goiás nas próximas eleições de 2026.

Nas eleições de 2022, Célio Silveira obteve 92.469 votos, sendo o oitavo deputado mais votado do estado e o mais bem votado de seu partido, o MDB. Sua campanha abrangeu mais de 70 municípios. A liderança de Célio Silveira é especialmente forte na região do Entorno do Distrito Federal.

Especula-se ainda sobre a possibilidade de Célio Silveira integrar a chapa majoritária, seja como vice-governador ou senador. À reportagem, ele confirmou que está focado em sua reeleição e comentou sobre a formação de uma chapa robusta para o próximo pleito.

“Meu trabalho hoje é para candidato a deputado federal. O MDB está com um plano de ter uma chapa para tentar fazer de 7 a 8 deputados federais”, revelou Silveira, destacando a importância do apoio do partido em relação à candidatura ao governo. Ele acredita que a força de Daniel Vilela (MDB), candidato a governador, será crucial para o sucesso da chapa.

Lucas Calil (MDB)

O deputado estadual Lucas Calil (MDB) tem se consolidado como um dos principais nomes na corrida para a Câmara dos Deputados nas eleições de 2026. Atualmente em seu terceiro mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Calil obteve 50.843 votos nas eleições de 2022, posicionando-se como o terceiro candidato mais votado do pleito.

Sua trajetória política é marcada por um crescimento contínuo desde sua primeira eleição em 2014. Natural de Goiânia e graduado em Sociologia pela UNIP, Calil iniciou sua carreira política aos 26 anos.

Recentemente, especula-se sobre uma possível filiação de Calil ao Avante, partido que busca expandir sua influência política em Goiás. De acordo com informações, o Avante projeta eleger até três deputados federais nas próximas eleições, com estimativas de que Calil possa alcançar entre 100 mil e 120 mil votos.​

Ao Jornal Opção, Calil deixou claro suas intenções políticas para o futuro. Questionado sobre a possibilidade de reeleição ou uma candidatura a deputado federal, ele afirmou: “Federal, sem dúvidas. Em Goiás, tenho mais de 70 leis aprovadas. Agora quero discutir o Brasil.”

O deputado enfatizou a importância de manter a aliança com o vice-governador Daniel Vilela. “O pré-requisito básico é seguir com Daniel Vilela governador. Isso é fundamental para continuarmos avançando nas pautas que realmente importam para a população”, declarou.

Calil também comentou sobre as opções partidárias que tem considerado para sua candidatura, revelando convites de diversas siglas: “Tive convite do Avante, Republicanos, PP, UB, mas sou feliz também no MDB.”

Adriano do Baldy (pP)

​Adriano do Baldy, deputado federal pelo Progressistas (PP) em Goiás, tem se consolidado como um dos principais nomes na articulação de votos para a eleição de 2026. Sua trajetória política, marcada por estreita colaboração com o ex-ministro das Cidades, Alexandre Baldy, tem fortalecido sua influência no cenário político goiano.​

Eleito em 2018 com 77.729 votos, Adriano foi reeleito em 2022, obtendo 95.518 votos. À reportagem, o deputado reafirmou seu compromisso com o projeto de reeleição. “Estou trabalhando com esse objetivo”, destacou.

Adriano também abordou a atual situação do partido. “Quanto ao partido, está sob o comando de nosso presidente Alexandre Baldy. Ele está coordenando esse processo”, afirmou.

Adriana Accorsi (PT)

Pelo PT, a ex-delegada e deputada federal, Adriana Accorsi, surge como principal nome para manter a representatividade do partido na bancada goiana. Deputada federal eleita em 2022 com 96.714 votos, Adriana Accorsi é um dos principais nomes do PT em Goiás.

Filha do ex-prefeito Darci Accorsi, Adriana construiu uma carreira sólida na área da segurança pública antes de ingressar na política. Formada em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG), atuou por mais de 25 anos na Polícia Civil, chegando ao cargo de Delegada Geral. Além disso, exerceu a função de secretária de Defesa Social durante a gestão do ex-prefeito Paulo Garcia.

Em 2015, Adriana iniciou sua trajetória política como deputada estadual, cargo que ocupou até 2022. No mesmo ano, foi eleita deputada federal, posição que ocupa atualmente. Na Câmara dos Deputados, tem se destacado como vice-líder da Federação Brasil da Esperança.

Sua influência política é evidenciada por sua presença constante em pesquisas de intenção de voto. Em fevereiro de 2025, foi mencionada como uma das possíveis candidatas ao governo de Goiás. Embora tenha expressado satisfação com os índices obtidos, Adriana reafirmou seu compromisso com a reeleição para a Câmara dos Deputados.

Para 2026, o partido planeja lançar uma chapa forte, incluindo nomes como Edward Madureira e Rubens Otoni, visando ampliar sua representação no Congresso. Sendo assim, Accorsi disse ao Jornal Opção que o partido tem a intenção de lançar uma chapa completa para as eleições, tanto para a Câmara dos Deputados quanto para a Assembleia Legislativa.

“Já temos vários pré-candidatos se colocando, acreditamos que vamos conseguir ampliar a bancada tanto estadual como federal também. Então nós vamos trabalhar pra isso. E a minha intenção é realmente colocar o nome para a reeleição como deputada federal em 2026”, declarou, reforçando que o PT terá chapa completa.

Quando questionada sobre possíveis nomes para o Senado por Goiás, Accorsi explicou que ainda não há definições. “Nós estamos agora em um momento de disputa eleitoral interna, em julho teremos as eleições dos diretórios, tanto municipais, estaduais e o diretório nacional. Então, estamos focados nisso e logo em seguida vamos continuar a preparação das chapas, mas até agora não há nenhum nome que se dispõe ao Senado”, disse.

Gustavo Gayer (PL)

O PL vem forte com o bolsonarista Gustavo Gayer, que conquistou um eleitorado fiel na direita. Eleito deputado federal em 2022 com a segunda maior votação do estado, Gustavo Gayer é uma figura polêmica e alinhada ao bolsonarismo.

Conhecido por suas declarações controversas e forte presença nas redes sociais, Gayer deve buscar a reeleição em 2026. Ele tem se destacado em diversas comissões e frentes parlamentares. Atuou como vice-líder do PL e exerce funções de liderança na oposição na Câmara dos Deputados.

A expressiva votação recebida por Gayer nas eleições de 2022 reforça sua posição como líder político em Goiás. Sua capacidade de mobilizar eleitores solidifica sua influência no cenário político estadual.

Outro nome forte do PL é do vereador por Goiânia Vitor Hugo. Sua expressiva votação nas eleições municipais de 2024, quando foi o candidato mais votado na capital goiana com 15.678 votos, reforçou sua liderança e influência política na região.

Conhecido por sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Vitor Hugo exerceu a função de líder do governo na Câmara dos Deputados durante o mandato de Bolsonaro, destacando-se por sua atuação em prol das pautas governistas.

No entanto, Vitor Hugo já havia declarado à reportagem na última semana que seu objetivo é o Senado Federal. Essa ligação estreita com o ex-presidente é vista como um trunfo para sua possível candidatura ao Senado, especialmente entre o eleitorado conservador.

“Eu quero me candidatar ao Senado. Eu acho que o principal embate que a direita vai ter no país tem a ver com a disputa do Senado”, afirmou o parlamentar, enfatizando a importância da Casa na política nacional.

Vitor Hugo mencionou a estratégia do ex-presidente Jair Bolsonaro em priorizar as candidaturas ao Senado. “É só você ver o Bolsonaro, a ênfase que ele está dando para o Senado. Ele não se importa com as candidaturas ao governo; o principal é o Senado e a Câmara”, disse.

Glaustin da Fokus (Podemos)

No Podemos, o empresário Glaustin da Fokus tentará a reeleição. Em 2022, ele obteve 117.981 votos, tornando-se o quarto deputado federal mais votado de Goiás. Em 2024, o deputado assumiu a presidência do Podemos em Goiás, sucedendo Eurípedes do Carmo, que se dedicou à gestão municipal após ser eleito prefeito de Bela Vista de Goiás.

O partido obteve um desempenho expressivo nas eleições municipais, elegendo 14 prefeitos, 11 vices-prefeitos e 121 vereadores no estado. ​No entanto, recentes movimentações dentro da Assembleia de Deus, uma das maiores denominações evangélicas do país, indicam uma possível mudança de apoio.

Líderes religiosos têm demonstrado interesse em transferir seu suporte para João Campos, ex-deputado federal, devido à sua atuação mais proativa em prol das causas evangélicas. Essa mudança é atribuída à percepção de que Glaustin, embora evangélico, estaria mais alinhado com interesses empresariais do que com as demandas religiosas.

Ao Jornal Opção, Glaustin afirmou: “Meu objetivo é a reeleição em 2026, e quero ampliar a votação, assim como fiz de 2018 para 2022 – fui de 6º para o 4º mais votado”, afirmou. Ele ressaltou que esse crescimento é um sinal de que é preciso fortalecer as bases e o diálogo com diferentes setores da sociedade.

“Isso significa ampliar ainda mais as bases, ampliar o diálogo com setores, fortalecer parcerias e seguir com esse trabalho municipalista que temos construído em Goiás. É exatamente o que tenho feito”, completou.

O deputado revelou que o foco está na estruturação de uma chapa forte para as eleições de 2026, tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara dos Deputados. “Estamos dialogando com lideranças de vários segmentos que têm potencial para pré-candidaturas, convidando para o partido e construindo uma chapa competitiva. Ainda é cedo para divulgar nomes, mas pode ter certeza de que o Podemos vem forte para 2026”, destacou.

Glaustin também compartilhou suas ambições eleitorais: “Nossa meta é eleger dois deputados federais e três estaduais, e estamos trabalhando para isso com muito planejamento e estratégia.”

João Campos (Podemos)

O ex-deputado e vice-prefeito de Aparecida de Goiânia, João Campos, com uma trajetória de cinco mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados, é um dos principais nomes para atrair votos nas eleições de 2026 em Goiás.

A aproximação com a liderança da Assembleia de Deus no estado reforça sua posição no cenário político local.​ Pastores têm manifestado apoio, ressaltando sua postura alinhada com os valores evangélicos. Essa base religiosa representa um potencial significativo de votos.

João Campos é natural de Peixe (TO), tem 61 anos, é delegado de polícia aposentado e pastor evangélico. Durante sua atuação parlamentar, destacou-se por posições conservadoras e pela defesa de temas como segurança pública e liberdade religiosa. ​

A reportagem procurou João Campos, que revelou que, neste momento, sua prioridade é colaborar com a administração do prefeito Leandor Vilela em Aparecida, em vez de se envolver em atividades políticas eleitorais.

“Não estou fazendo nenhum trabalho político eleitoral neste momento, estou focado em colaborar o máximo com o prefeito Vilela em razão dos desafios deste início de gestão”, afirmou Campos.

A questão da divisão dentro da Assembleia de Deus e seu impacto nas articulações entre os eleitores evangélicos também foi abordada. Campos desconsiderou a existência de uma divisão.

Flávia Morais (PDT)

No PDT, a deputada federal Flávia Morais é o nome principal. No entanto, especula-se que é possível sua filiação ao Avante. Além disso, a também deputada federal Lêda Borges (PSDB) pode ingressar na sigla.

Em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, Flávia tem se destacado pela liderança exercida na bancada goiana.​ Em 2022, ela obteve uma expressiva votação, sendo a terceira mais votada do estado com mais de 140 mil votos.

Ao Jornal Opção, a parlamentar destacou que sua prioridade segue sendo a melhoria dos serviços de saúde no estado. “Meu principal foco continua sendo a saúde, um dos pilares da minha carreira política”, afirmou.

A deputada também afastou rumores sobre uma eventual mudança de partido, garantindo sua permanência no PDT. “Tenho uma trajetória consolidada no PDT que venho construindo desde 2009. Sempre trabalhei alinhada com os princípios da legenda e não há qualquer intenção de mudança, de nenhuma parte”, enfatizou.

Questionada sobre possíveis conversas com outras siglas, Flávia negou qualquer negociação. “Reforço que não há qualquer conversa ou negociação em andamento com outros partidos. Meu foco está no trabalho que desenvolvo diariamente em prol da população goiana, especialmente nas áreas da saúde, do desenvolvimento regional e da melhoria da qualidade de vida nos municípios.”

Lêda Borges (PSDB)

​A deputada federal Lêda Borges desponta como uma das principais forças políticas de Goiás para as eleições de 2026. Sua influência e capacidade de articulação a posicionam como uma das principais puxadoras de votos no estado.​

Nascida em Conquista, Minas Gerais, Lêda Borges construiu sua carreira política em Goiás. Foi a primeira secretária de Educação de Valparaíso de Goiás em 1997 e, posteriormente, eleita vereadora para o mandato de 2001 a 2004.

Em 2008, tornou-se a primeira mulher a assumir a prefeitura de Valparaíso de Goiás, exercendo o cargo até 2012. Entre 2013 e 2014, presidiu a Agência Goiana de Desenvolvimento Regional. Em 2015, foi eleita deputada estadual, sendo reeleita em 2018. Em 2022, conquistou uma cadeira na Câmara dos Deputados, representando Goiás.

Recentemente, surgiram especulações sobre uma possível mudança partidária de Lêda Borges. Atualmente filiada ao PSDB, há indicações de que ela possa migrar para o União Brasil, partido do governador Ronaldo Caiado, ou para o PDT, liderado em Goiás pela deputada Flávia Morais.

Além disso, a deputada está sendo cortejada pelo Avante, que deve fazer o convite para filiação em breve. A reportagem tentou contato com a parlamentar durante a semana por telefone e via assessoria de imprensa, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Aava Santiago (PSDB)

O PSDB pode apostar na vereadora Aava Santiago. Sua trajetória política é marcada por expressivas votações. Em 2024, ela foi reeleita vereadora de Goiânia com 10.481 votos, tornando-se a mulher mais bem votada na história da Câmara Municipal desde 1988.

Ela tem o apoio de figuras importantes dentro de seu partido, como o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. O Jornal Opção tentou contato com a vereadora durante a semana por telefone e via assessoria de imprensa, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Ismael Alexandrino (PSD)

Pelo PSD, os cotados são Ismael Alexandrino e o ex-deputado Vilmar Rocha. O primeiro já ocupa uma cadeira na Câmara Federal, e desponta como um dos principais nomes.

Médico de formação e ex-secretário de Saúde do estado, Alexandrino ganhou destaque por sua atuação durante a pandemia de Covid-19. Em sua primeira candidatura em 2022, foi eleito deputado federal pelo PSD com 54.791 votos, distribuídos por 240 dos 246 municípios goianos. Na Câmara dos Deputados, Alexandrino assumiu uma das vice-presidências da Comissão de Saúde.

Questionado pela reportagem, ele afirmou: “Em 2026, o projeto é a reeleição de deputado federal”, afirmou. O PSD planeja lançar uma chapa completa para a disputa proporcional, com candidatos a deputado federal em todas as regiões do estado.

Alexandrino destacou alguns dos nomes já em articulação. “Temos bons quadros espalhados pelo estado e pretendemos lançar candidatos em todas as regiões. Um dos excelentes nomes que temos é do ex-deputado federal Vilmar Rocha. Brenda Gontijo e Lucélia Rodrigues, que disputaram vereância em Goiânia, também são excelentes nomes”, revelou.

No que diz respeito à disputa majoritária, o deputado ressaltou que o PSD terá candidato próprio ao Senado. “Temos o nosso candidato à majoritária, que é o senador Vanderlan Cardoso, visando a sua reeleição. E temos dialogado com forças que podem estar em chapas majoritárias, visando compor e contribuir com tais chapas, mas sem quaisquer definições, por enquanto”, disse.

Vilmar Rocha (PSD)

Veterano na política goiana, Vilmar Rocha já exerceu mandatos como deputado federal e atualmente preside o PSD em Goiás. Conhecido por seu perfil moderado e articulador, Rocha é um nome forte para retornar à Câmara dos Deputados em 2026.

A experiência e a influência de Vilmar Rocha no cenário político goiano o colocam como um potencial “puxador de votos” nas próximas eleições. Sua candidatura é vista como uma estratégia para fortalecer a representação do PSD na Câmara dos Deputados e ampliar a base do partido em Goiás.

Além disso, sua atuação contínua em debates e projetos políticos reforça seu compromisso com o desenvolvimento do estado e do país. ​Na última semana, sobre suas próprias intenções eleitorais, Vilmar Rocha não descartou ao Jornal Opção a candidatura.

“Eu posso sair candidato ao Senado? Posso sim. Ou a deputado federal. Estou trabalhando nessas duas possibilidades”, revelou. No entanto, ele destacou que a definição de sua candidatura dependerá das composições políticas e do cenário eleitoral que se desenhará no início do próximo ano.

“Vamos ver como é que faz, quem vai ser candidato a governador, como vai ser as composições, tanto a nível nacional quanto a nível estadual. É aí que eu vou definir mesmo. Primeiro, se eu vou ser candidato. E segundo, se é a senador ou a deputado federal”, concluiu Rocha.

Jorge Kajuru (PSB)

Já o PSB pode ter o senador Jorge Kajuru como puxador de votos, caso decida concorrer a deputado federal. É uma figura influente no cenário político de Goiás e do Brasil, consolidando-se como um potencial puxador de votos para a eleição de deputado federal em 2026.

Eleito em 2014 para o mandato de 8 anos, senador avalia a possibilidade de reeleição ou de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Kajuru revelou à reportagem na última semana que está avaliando um convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir um ministério em um eventual segundo mandato do petista.

“Eu ainda não tomei nenhuma decisão, porque resolvi esperar a reeleição do presidente Lula. Ele me quer como ministro”, declarou o senador. Segundo ele, Lula teria oferecido as pastas da Comunicação ou do Esporte.

Apesar do convite, Kajuru ressaltou que sua prioridade no momento é a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da reeleição. “Eu estou esperando também a votação do fim da reeleição, que é uma proposta minha”, afirmou.

Caso a PEC seja aprovada, o senador disse que precisará reavaliar a possibilidade de concorrer à reeleição. “Se passar, fica incoerente eu querer a reeleição para mim, se eu não quero para os outros”, argumentou.

Além disso, Kajuru também avalia a possibilidade de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Segundo ele, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin gostariam que ele se candidatasse a deputado federal para ajudar a formar uma base forte no Congresso.

“Eles gostariam que eu fosse candidato a deputado federal para formar uma chapa forte. Mas eu não assumiria o mandato, já iria direto para o Ministério”, explicou. Caso decida concorrer à Câmara, um suplente assumiria sua vaga. No entanto, Kajuru preferiu não revelar os nomes cotados.

Leia também:

• Quem são os principais cotados ao Senado e para a vice de Daniel Vilela em Goiás
• União Brasil e PP avaliam federação, mas decisão ainda depende de ajustes

O post Os principais nomes em Goiás que podem puxar votos para deputado federal em 2026 apareceu primeiro em Jornal Opção.