Bruno Peixoto, Adriano da Rocha Lima e Pedro Sales: um deles deve ser vice de Daniel Vilela

Um repórter do Jornal Opção passou a semana conversando com integrantes do União Brasil, do MDB, do pP, do Republicanos, do Avante e do PSD.

A todos os entrevistados, que optaram por falar em off — “por enquanto”, disseram —, o jornalista fez a mesma pergunta: “Quem, na sua opinião, será o vice de Daniel Vilela para a disputa do governo do Estado em 2026, daqui a um ano, sete meses e alguns dias?” (“Um pulinho”, dizem os políticos atentos.)

Ao todo foram entrevistados 15 políticos, todos muito bem-informados sobre os bastidores dos fatos e dos quase-fatos. O que se vai ler a seguir é uma síntese, sem aspas, do que disseram ao jornalista.

Adriano da Rocha e Pedro Sales: nomes de Caiado

Há o consenso de que o vice será indicado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil.

Outro consenso: o vice será do União Brasil. De cara, foram citados dois nomes de “vices da cozinha” de Ronaldo Caiado: Adriano da Rocha Lima e Pedro Sales.

Adriano da Rocha Lima e Pedro Sales estão no governo há seis anos e pouco mais de um mês. Os dois, técnicos eficientes e decentes, sabem tudo sobre o governo. São responsáveis, ao lado de Ronaldo Caiado, pelos principais acertos da gestão estadual.

Por ser um formulador, Adriano da Rocha Lima é visto exclusivamente como “técnico”. Mas é muito mais do que isto: entende de política e, sobretudo, sabe como fazer para o governo funcionar. Na vice de Daniel Vilela, se este for eleito, seria decisivo como um aliado nas questões administrativas e, notadamente, no campo das inovações tecnológicas. Trata-se de um tecnocrata — ou tecnopolítico — moderno e atento às coisas do presente e do futuro (como a inteligência artificial).

Pedro Sales é o técnico da infraestrutura, mas está cada vez mais absorvido pela política. Tem dito aos interlocutores que não falará de política em 2025. Neste ano vai se concentrar, sobretudo, no início e término de obras fundamentais para o tráfego de veículos em Goiás. Porém, como não é possível evitar o diálogo político, o presidente da Goinfra tem falado com prefeitos de várias cidades. Ele tem circulado pelo Sudoeste goiano ao lado do presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner (respeitado líder do agronegócio em Goiás e no país).

Comenta-se que Pedro Sales tanto pode ser vice de Daniel Vilela quanto candidato a deputado federal. Um aliado o aconselha a disputar mandato de deputado estadual, que seria uma eleição menos complicada. Mas há indícios de que Ronaldo Caiado pode bancá-lo para a Câmara dos Deputados ou para vice.

Schreiner, Paulo do Vale e Diego Sorgatto

José Mário Schreiner: ex-deputado e presidente da Faeg | Foto: Jornal Opção

O repórter ouviu muitas cousas e vale registrá-la. Ronaldo Caiado, disseram os entrevistados, é um político de um pragmatismo absoluto. Portanto, se a eleição de Daniel Vilela for um “passeio” — quer dizer, fácil —, bancará Pedro Sales ou Adriano da Rocha ima para vice.

Entretanto, se a eleição de Daniel Vilela não for fácil — por enfrentar algum candidato bancado pelo bolsonarismo —, a tendência é que Ronaldo Caiado, por puro pragmatismo, banque um vice que agregue valor, quer dizer, que transfira votos para a chapa majoritária.

Diego Sorgatto, prefeito de Luziânia: nome do Entorno de Brasília | Foto: Guilherme Alves/Jornal Opção

Por isso, apesar da pole position de Adriano da Rocha Lima e Pedro Sales — ambos são espécies de Verstappens —, não se pode descartar os “pilotos” do escalão intermediário, como José Mário Schreiner, do MDB, Paulo do Vale (ex-prefeito de Rio Verde), do União Brasil, Diego Sorgatto (prefeito de Luziânia), do União Brasil), Lucas Antonietti (prefeito de Águas Lindas), do União Brasil, e Célio Silveira (deputado federal), do MDB.

Paulo do Vale: ex-prefeito de Rio Verde | Foto: Divulgação.

Bruno Peixoto: opção pelo político popular

Entrevistados citaram o nome de um político que ainda não fora considerado para a disputa majoritária de 2026. Seis deles disseram que, em termos de quem tem voto, um “bom” vice seria o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, do União Brasil.

Bruno Peixoto planeja ser candidato a deputado federal e os entrevistados postulam que deverá ser o mais votado, com cerca de 200 mil a 220 mil votos, deixando Silvye Alves para trás (há quem especule que cairá para a faixa de 150 mil votos, o que talvez não seja uma avaliação justa, considerando sua imensa popularidade).

Aliados de Bruno Peixoto receiam que a especulação de seu nome para vice de Daniel Vilela pode ser uma maneira de reduzir sua força para a disputa de uma vaga na Câmara dos Deputados. Mas pode ser outra coisa. Quando chegar 2026, se a oposição bancar um candidato consistente, uma chapa com três políticos que têm voto — Daniel Vilela, Bruno Peixoto e Gracinha Caiado (que irá para o Senado) — pode ser a chance de manter o poder.

Porém, no momento, o quadro real, o que mais se fala, é uma chapa com Daniel Vilela, um vice indicado por Ronaldo Caiado — Adriano da Rocha Lima ou Pedro Sales — e, para o Senado, Gracinha Caiado.

Vaga no Senado pode ser reservada para o PL

Major Vitor Hugo e Gustavo Gayer: luta por uma vaga no Senado | Foto: Reprodução

Quanto ao PL, os entrevistados disseram mais ou menos o seguinte: uma vaga para senador ficará aberta, ao menos até junho ou julho de 2026, para um postulante do partido. Quem faria a indicação? A cúpula do Partido Liberal.

Postulam mandato de senador pelo PL o deputado federal Gustavo Gayer e o vereador Major Vitor Hugo, de Goiânia.

Por que, no fundo, está (quase) todo mundo se lançando — ou melhor, se colocando — agora, em 2025? Porque aquele político que optar por se expor apenas em 2026 poderá acabar fora do jogo. Ressalte-se: Ronaldo Caiado é, desde já, candidatíssimo a presidente da República e Daniel Vilela é candidatíssimo a governador de Goiás, assim como Gracinha Caiado é candidatíssima a senadora. Quem ficar para trás, esperando 2026, dançará a valsa do adeus. (E.F.B.)

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