Pequenas notícias (como a crise dos Correios) que a grande imprensa optou por esquecer

1

— Na data de sua posse como presidente da Venezuela (pela terceira vez consecutiva), Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira venezuelana com o Brasil, para evitar a fuga de seus patrícios para cá. Uma demonstração numérica da excelência dos regimes de esquerda: já fugiram, apenas para o Brasil, mesmo enfrentando aqui as mais precárias condições de vida, cerca de 1,3 milhão de venezuelanos, de um total de 6 milhões para vários destinos, desde que Maduro assumiu o poder. Isso equivale a 1 venezuelano em cada 5. Êxodo maior que o dos ucranianos fugindo da guerra. E o governo brasileiro endossando as eleições fraudadas de Maduro, enviando representante para a posse.

2

— O líder uruguaio José “Pepe” Mujica, que foi presidente do Uruguai de 2010 a 2015, é, sem sombra de dúvida, um político de respeito. Mas o respeito que impõe não vem, ao que a imprensa sempre quis fazer parecer, de um êxito administrativo. Ainda está para surgir quem faça funcionar a cartilha governativa de esquerda, algo antinatural e fracassado em dezenas de países, sem um só sucesso ao menos mediano. Mujica é respeitado pela honestidade pessoal, pelo não aproveitamento de dinheiro público, por não participar de roubalheiras e por não se envolver com o tráfico (embora tenha imposto uma desastrada liberação da maconha, não se beneficiou disso). Nosso editor-chefe, Euler de França Belém, em recente viagem ao Uruguai, e em contato com distintos segmentos sociais, constatou diretamente tudo isso.

3

— Em Portugal, em 2014, foi deflagrada uma operação anticorrupção, denominada Operação Marquês, que guardou paralelo com nossa Operação Lava-Jato. Visava figurões políticos, como o ex-primeiro-ministro José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e outras autoridades do governo, além de empresários. Diga-se de passagem, Sócrates era próximo de Lula, e um dos objetos da investigação portuguesa era uma participação da Portugal Telecom nas brasileiras Vivo e Oi. Após todos esses anos Sócrates vem tentando se livrar dos processos e voltar à atividade política, mas tem esbarrado em uma Justiça séria e inflexível. Os recursos de Sócrates chegaram, no mês passado, ao Tribunal Constitucional, sua última instância. Não adiantaram os caros advogados e as muitas manobras para postergar as decisões judiciais. O juiz conselheiro (no Brasil seria chamado ministro) Rui Guerra da Fonseca manteve as sentenças inferiores, a última delas do Tribunal da Relação de Lisboa, e Sócrates ainda recebeu uma condenação para pagamento das custas processuais. Quanta inveja!

4

— O que acontece nos Correios é inexplicável. Ou melhor, só se explica pela administração nos moldes da esquerda, que é sinônimo de fracasso.

Mas não pense o leitor que esses prejuízos que magicamente aparecem cada vez que um dirigente de esquerda ocupa a cadeira presidencial são o pior que poderia acontecer à empresa.

O Postalis, fundo de pensão dos Correios, ou seja, o pecúlio formado desde sempre pela poupança dos funcionários todos, desde o mais humilde deles (são aproximadamente 100.000), para sua aposentadoria, sofreu um duro golpe, um prejuízo no valor de quase 8 bilhões de reais. E essa façanha negativa foi obtida pela aplicação dos recursos dos fundos em investimentos previsivelmente errados, como em títulos do governo venezuelano ou do governo argentino (quando ele afundava com Cristina Kirchner) ou ainda pela aplicação no delírio lulista da Sete Brasil, a estatal que construiria sondas e navios para a Petrobrás, e que só conseguiu uma falência bilionária.

5

— Enquanto em todos os países do mundo integrantes de tribunais superiores primam pela discrição, nunca aparecendo seus nomes na imprensa, no Brasil ocorre o contrário. Ministros são notícia frequente: dão entrevistas, comparecem aos mais diferentes eventos (alguns claramente políticos) e são mais que conhecidos. O próprio presidente da Suprema Corte escreveu há dias artigo (autoelogioso, por sinal) para um grande jornal diário. Não conseguiu melhorar a imagem pública da Corte, cuja aprovação, em pesquisas recentes, está próxima dos magros 12%.

6

— Apenas em Minas Gerais, 229 vereadores eleitos em 2024 recebiam bolsa-família. O auxílio aos verdadeiramente necessitados, imaginado por D. Ruth Cardoso como um benefício temporário e concedido dentro de critérios claros, transformou-se em cabresto eleitoral permanente e um incentivo à vadiagem.

7

— A saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciada no primeiro dia de Trump na Presidência, era esperada, e teve pouca repercussão na imprensa. Mas era mais que justificada. O presidente da Organização, o etíope Thedros Adhanom, marxista conhecido, agiu, durante a pandemia de Covid como um simples lacaio chinês. Não moveu uma palha para esclarecer o mecanismo da contaminação, cujo local de origem era mais que conhecido: a cidade de Wuhan, na China.

Por medo ou cumplicidade, Adhanom sequer enviou uma equipe a Wuhan para uma verificação e colheita de dados, algo fundamental para adotar medidas que amenizassem a pandemia. Técnicos ganhando salários altos e no conforto da Suíça (sede da OMS) não faltavam. Autoridade à OMS também não. Para agradar às autoridades chinesas, Adhanom prejudicou o mundo todo.

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