Amapá é um dos primeiros estados a propor criação do plano setorial da cultura LBTQIAPN+


Encontro entre conselhos e comunidade define políticas públicas visando melhores oportunidades e espaços para os fazedores de cultura do segmento. Ação acontece nesta sexta-feira (27), a partir das 14h. Plano setorial busca discutir implementação digna da cultura LGBTQIAPN+
Divulgação
Pela primeira vez no Amapá, representantes da cultura LGBT se reúnem nesta sexta-feira (27) a partir das 14h no comitê de cultura no bairro do Santa Rita, Zona Sul de Macapá, para discutir políticas culturais voltadas a este público.
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O evento, considerado um marco histórico não apenas para Macapá, mas para o Brasil, destaca a ausência de um setorial de cultura LGBTQIAPN+ em todo o país, apesar da rica contribuição de artistas e produtores culturais para a cena artística nacional.
Arthur Kuira, produtor cultural e presidente do Grupo Diversidades, enfatizou a importância do encontro.
“É um avanço significativo. Até hoje, as pautas referentes à cultura LGBT nunca foram priorizadas pelos conselhos culturais e isso é algo que precisamos mudar. A criação de um setorial específico é fundamental para que possamos ser reconhecidos e respeitados em nossas especificidades”, declarou.
Um dos principais objetivos do encontro é propor a inclusão de um plano específico que aborde as demandas e particularidades da cultura LGBTQIAPN+, tanto no âmbito municipal quanto estadual.
“A falta de editais direcionados e a dificuldade de registro de artistas nos processos seletivos são apenas algumas das questões que precisamos resolver”, destacou Kuira.
O encontro também busca estabelecer um Fórum Municipal de Políticas Culturais voltadas para artistas da comunidade, permitindo diálogo e formulação de políticas que realmente atendam às necessidades desse grupo, garantindo que AS vozes sejam ouvidas e respeitadas.
“Nosso desejo é que nossa cultura não seja silenciada. Queremos assumir nosso lugar de fala, construindo um diálogo entre nós e os conselhos, para que as políticas culturais reflitam verdadeiramente o que somos e o que fazemos”, afirmou.
O próximo passo é a formalização desse espaço de diálogo e a luta pela implementação de políticas que garantam a dignidade e a visibilidade dos artistas LGBTQIAPN+, marcando um novo capítulo na história da cultura brasileira.
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