O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou, na última quinta-feira, 5, a suspensão cautelar das atividades da Nuttrata Animal, fabricante de rações com sede em Itumbiara, município no sul de Goiás. A decisão ocorre em meio à investigação sobre a morte de 63 cavalos em diversas regiões do país, incluindo 29 registradas em Indaiatuba, no interior de São Paulo. As informações são do Globo Rural.
O primeiro caso de morte de equino na cidade foi notificado em 23 de abril. Na véspera da suspensão, no dia 4, o Mapa já havia ordenado o recolhimento e a proibição da venda da ração Forrage Horse, produzida pela empresa, após identificar “indícios da presença de contaminantes que podem prejudicar a saúde animal”.
Conforme a pasta, estão vetadas para consumo todas as embalagens de ração para equinos fabricadas a partir de 8 de março de 2025.
No dia 19 de maio, uma equipe da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Indaiatuba realizou uma vistoria em um haras onde nove cavalos morreram. Segundo o órgão municipal, não foram constatadas irregularidades no local. Laudos preliminares indicaram sinais de intoxicação alimentar nos animais, que apresentavam sintomas como letargia e alterações hepáticas.
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As apurações iniciais direcionaram o foco para a alimentação dos cavalos. De acordo com depoimentos de tratadores à secretaria, os animais consumiam a mesma ração há cinco anos.
Em nota, o Mapa ressaltou que “as investigações ainda estão em curso, mas, no momento, a ração em questão não deve ser oferecida nem a equinos, nem a animais de outras espécies”.
A Nuttrata Animal, por sua vez, em comunicado enviado ao Globo Rural, classificou a interdição da fábrica como uma “reação desproporcional”. A empresa informou que está adotando as medidas judiciais cabíveis e aguarda a divulgação de laudos técnicos que confirmem, ou não, a relação entre o consumo da ração e as mortes dos cavalos.
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