Ex-diretor da Abin diz que alertou governo sobre invasão dias antes do 8 de janeiro

Em depoimento ao STF, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, afirmou na manhã desta terça-feira, 27, que a Agência informou a Secretaria de Segurança do DF sobre a ida dos ônibus com bolsonaristas à Brasília dias antes dos ataques de 8 de janeiro de 2023. Em relatórios de inteligência, a Abin relatou que havia “convocação para para invasão e depredação de prédios públicos” na Praça dos Três Poderes.

Cunha afirmou: “de 6 a 7 de janeiro de 2023, passamos a receber alertas da ANTT de que havia um aumento de fluxo em direção a Brasilia, o que indicava aumento de adesão ao ato. Pedi então que meu adjunto entrasse em contato com a área de inteligência da SSP-DF.” O governo federal e o STF também foram acionados, disse Cunha, por meio do secretário de segurança do STF, Rogério Galloro, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

O responsável pela SSP-DF à época era Anderson Torres, egresso do governo Bolsonaro. Segundo Cunha, a comunicação não teve retorno. “A Abin não recebeu nenhuma informação de outros orgãos sobre os acampamentos, que estávamos monitorando. Fizemos relatórios de inteligência que foram encaminhados ao GSI da época e ao governo de transição. Até a manhã do dia 8, estávamos na dúvida se manifestações serviriam para reforçar acampamentos. Às 9h da manhã, com a assembleia dos manifestantes, identificamos que eles iriam para a Esplanada às 13h. Imediatamente repassamos o alerta”, disse Cunha.

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