Inflação cai e projeção do PIB melhora, apesar de pessimismo do mercado

A inflação de maio caiu 0,07 ponto percentual em relação a abril, ficando em 0,36%, segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ). Este é o menor índice para este mês desde 2020. Enquanto isso, a aposta do mercado era de 0,38% a 0,53%. Além disso, o mercado reviu sua estimativa sobre a riqueza produzida pelo país (o PIB) neste ano, que saiu de 2,02% há uma semana para 2,14% agora.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,80% e, em 12 meses, 5,40%, abaixo dos 5,49% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2024, o IPCA-15 foi de 0,44%. O cálculo, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisou os preços entre os dias 15 de abril e 15 deste mês.

Novamente, o mercado financeiro errou em suas estimativas. Enquanto o IPCA-15 ficou em 0,36% neste mês, a projeção do setor feita pela agência Bloomberg apostava que o índice inflacionário ficaria entre 0,38% e 0,53%, com mediana de 0,44%.

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O maior impacto para o resultado de maio veio da energia elétrica residencial, que registrou avanço de 1,68%, influenciada pela mudança na bandeira tarifária amarela, que resulta em cobrança adicional nas contas.

Considerando os nove segmentos pesquisados, os de transportes e artigos de residência apresentaram variação negativa de 0,29% e 0,07% respectivamente.


No grupo alimentação e bebidas — que variou de 1,14% em abril para 0,39% em maio —, a alimentação no domicílio desacelerou de 1,29% para 0,30%. Contribuíram para o resultado as quedas do tomate (7,28%), do arroz (4,31%) e das frutas (1,64%). Por outro lado, destacam-se as altas da batata-inglesa (21,75%), da cebola (6,14%) e do café moído (4,82%).

A alimentação fora do domicílio também desacelerou em relação ao mês de abril, saindo de 0,77% para 0,63%. O lanche, que havia subido 1,23% em abril, registrou em maio alta de 0,84%, e a refeição saiu de 0,50% para 0,49% em maio.

No polo oposto, tiveram aumento os grupos de vestuário, com 0,92%; saúde e cuidados pessoais, com 0,91%; e habitação, com 0,67%.

PIB revisto. De novo

Mas, não foi apenas na projeção inflacionária que o mercado voltou a “errar” em suas apostas sobre a economia brasileira, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda-feira (26).

Há uma semana, o mercado estimava um avanço de 2,02% para este ano, mas acabou tendo de rever seus cálculos, aumentado o nível de crescimento para 2,14% agora.

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Da mesma forma, a cotação do dólar também teve de ser revista para R$ 5,80, ante os R$ 5,82 projetados na semana passada e os R$ 5,90 previstos há quatro semanas. As projeções relativas aos anos subsequentes se mantêm estáveis, em R$ 5,90 (2026) e R$ 5,80 (2027).

No que diz respeito à inflação e à taxa de juros, as projeções foram mantidas. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – para o ano de 2025 manteve-se em 5,5%. Para 2026, a inflação estimada é de de 4,5% e para 2027, 4%.

Quanto à Selic, o mercado prevê índices de 12,5% em 2026 e de 10,5% no ano seguinte.

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