Com a nova vitória de João Campos no MDB, diante da recondução de Raul Henry para a presidência da sigla, novas perguntas surgem à tona, que se acumulam à infinidade de desacertos na articulação política da governadora Raquel Lyra. Os questionamentos parecem mais incisivos do que a busca por respostas óbvias, principalmente olhando para a disputa de 2026 que se avizinha.
Vamos a algumas delas: por que Raquel, ainda no início do seu governo, perdeu a disputa para a presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco, que elegeu Álvaro Porto? Na sequência, como Raquel conseguiu não eleger nomes para o Tribunal de Contas do Estado (até então, uma tradição entre governadores)? O que levou a governadora a perder o apoio do MDB nas eleições municipais de 2024, que preferiu acompanhar o prefeito João Campos?
As perguntas seguem: por que, depois de não se filiar ao MDB, ainda tentou apoiar Fernando Dueire e Jarbas Filho numa disputa interna, sofrendo novo revés político? O que levou a governadora a receber o segundo “não” do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho? Por que Raquel obteve a maior derrota de um governo na disputa pelas comissões na Assembleia Legislativa?
O que fez a governadora pensar que teria o apoio do seu antigo partido, o PSDB, depois que largasse a sigla por outra? E por que indicou a filiação da vice-governadora no partido, deixando que ficasse lá por menos de 30 dias? O que levou o candidato da governadora a ter o pior desempenho numa capital em todo o país, acumulando apenas 3,21%, mesmo com o 2º maior tempo de televisão? As perguntas são muitas. Mas as respostas cabem ao leitor.