O Reino Unido e a União Europeia assinaram nesta segunda-feira, 19, uma nova parceria estratégica após quase nove anos do referendo do Brexit. O acordo, anunciado em Londres, abrange cooperação em áreas como segurança, defesa, energia, imigração e comércio exterior. Ainda é considerado um passo importante para a reconstrução das relações entre as duas partes após anos de distanciamento.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, recebeu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, para a assinatura do documento. Starmer classificou a parceria como “um avanço histórico”, que trará ganhos concretos, como a criação de empregos, a redução de preços e o fortalecimento das fronteiras do Reino Unido.
O eixo central do acordo é a criação de uma Parceria de Segurança e Defesa, cujos detalhes ainda estão em fase de definição. Espera-se que ela inclua o engajamento britânico em missões militares da UE, além do acesso a um fundo europeu de defesa avaliado em € 150 bilhões. Também estão previstas reuniões regulares para alinhamento estratégico e troca de inteligência.
Desde a saída formal do Reino Unido do bloco em 2020, as relações com Bruxelas passaram por momentos de tensão, especialmente sob o governo conservador. Com a mudança de liderança e a chegada de Starmer ao poder, o novo governo tem sinalizado uma política externa mais aberta à cooperação internacional. O pacto, porém, não representa uma reintegração ao mercado comum europeu nem à união aduaneira.
A presidente Ursula von der Leyen destacou que o acordo representa “uma nova era de colaboração”, essencial em tempos de conflitos e ameaças globais. Já António Costa reforçou que “a segurança dos cidadãos europeus e britânicos está interligada, e só poderá ser garantida com confiança mútua”.
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