Emanuel Bringel, que morreu, há pouco, num hospital em Barbalha, no Ceará, aos 76 anos, em decorrência de um infarto, era gente da melhor qualidade, um gentleman. Perdi um grande amigo, uma fonte perene de notícias que me passava do Araripe, especialmente Araripina, município que governou.
Governou com tamanho capricho, que depois veio o reconhecimento: a esmagadora maioria dos votos para ocupar uma cadeira como representante da região na Assembleia Legislativa. Era um homem plural, na política e nos seus negócios como médio empresário no Araripe.
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Aproximei-me dele quando frequentava os encontros políticos na casa do saudoso Sérgio Guerra, tanto em Piedade quanto em Brasília. Que acabavam derivando para amenidades e histórias do arco da velha. Ex-senador e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra dizia que o traço da personalidade de Bringel era a lealdade e a correção.
Nunca o traiu. Foi aliado histórico e fiel até a morte de Guerra, em 2014. Nos últimos dias, o maior prazer de Bringel era compartilhar notícias da gestão do prefeito Evilásio Mateus (PDT), a quem ajudou a eleger numa aliança na qual indicou o filho, Bringel Filho, para fechar a chapa como vice.
Bringel me ligava todos os dias, funcionava, na verdade, como um assessor de Imprensa informal de Evilásio. Senti muito a sua morte. Quando estive com ele, no lançamento da biografia de Marco Maciel, em Araripina, almoçamos e rimos muito, juntos, das “presepadas” do amigo comum Sérgio Guerra.
É a vida! De todas as despedidas, a mais inesperada é a da passagem da vida para a morte, pela impossibilidade de pedir para a vida ficar, só mais um pouco. A partida é inesperada. Muitas vezes numa temporada.
Sem aviso e nem pudor, aprendemos a lidar com a dor de Bringel, quero guardar apenas as boas recordações de um homem de posições firmes e coerentes, legado que será perpetuado pelo Bringel Filho, seu xodó e herdeiro político.
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