Preço do tomate sobe mais de 30% em abril e custo da cesta básica chega a R$ 657 em Natal


Em um ano, preço do café em pó aumentou mais de 100% da capital potiguar, segundo levantamento do Dieese. Tomates
Celso Tavares/g1
O preço do tomate aumentou 32,91% em abril, segundo o levantamento de custo da cesta básica em Natal, feito pelo Departamento Intersindical de Estudos Econômicos (Dieese). A quantidade de 12 kg mensais, comprada por R$ 75,84 em março, custava R$ 100,80 em abril.
A alta do produto contribuiu para a subida do preço da cesta básica no mês, apesar das reduções nos custos de oito dos 12 produtos analisados.
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O preço da cesta com produtos básicos para alimentação de um adulto chegou a R$ 657 – um aumento de 3,23% em relação ao mês anterior.
Apesar de estar entre os cinco maiores aumentos registrados no mês nas 17 capitais pesquisadas, o preço da cesta em Natal continuou entre os cinco menores na lista feita pelo Dieese.
A cesta mais cara é a de São Paulo (R$ 909,25) e a mais barata é a de Aracaju (R$ 579,93), segundo a entidade. Entre as capitais nordestinas pesquisadas, a cesta mais cara é a de Fortaleza (R$ 746,52).
Na comparação de um ano, com abril de 2024, o preço da cesta em Natal subiu 3,92% – o menor aumento entre as 17 capitais consultadas. A situação só não foi melhor que a de Salvador e Aracaju, capitais que registraram leves quedas de preço.
Nos primeiros quatro meses do ano, a alta do preço da cesta foi de 6,43% na capital potiguar.
Produtos
Entre março e abril de 2025, tiveram queda nos preços médios:
farinha de mandioca (-6,66%),
arroz agulhinha (-5,29%),
leite integral UHT (-5,17%),
óleo de soja (-3,51%),
açúcar cristal (-3,28),
banana (-2,27%),
manteiga (-0,55%)
pão francês (-0,14%)
Os quatro bens que tiveram aumento foram o tomate (32,91%), o café em pó (5,21%), a carne bovina de primeira (0,93%) e o feijão carioca (0,54%).
Em um ano, preço do café aumentou mais de 100%
Em um ano, na comparação de abril de 2025 com abril de 2024, o preço do café em pó aumentou 103,16% na capital potiguar, segundo o levantamento do Dieese. 300 g do produto custavam R$ 10,13 em abril de 2024. No mês passado, a mesma quantidade era vendida por R$ 20,58 na capital potiguar.
Também tiveram aumentos a carne bovina de primeira (24,38%), o óleo de soja (24,11%), leite integral UHT (13,63%), pão francês (3,26%) e manteiga (0,25%).
Por outro lado, houve queda nos acumulados do feijão carioca (-22,64%), da farinha de mandioca (-13,75%), do tomate (-11,30%), do arroz agulhinha (-9,70%), da banana (-8,17%) e do açúcar cristal (-5,34%).
Trabalhador gasta quase metade do salário mínimo com cesta básica
De acordo com o Dieese, em abril de 2025, o trabalhador de Natal que recebe um salário mínimo de R$ 1.518,00 por mês precisou trabalhar o equivalente a 95 horas e 13 minutos para adquirir a cesta básica.
O tempo é maior do que em março, quando eram necessárias 92 horas e 14 minutos.
Em abril de 2024, quando o salário mínimo era de R$ 1.412,00, foram necessárias 98 horas e 31 minutos.
Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em abril de 2025, 46,79% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.
Em março, o percentual gasto foi de 45,33%. Já em abril de 2024, o trabalhador comprometia 48,41% da renda líquida, segundo
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