FIFA confirma oito cidades-sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 no Brasil

A Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou nesta quarta-feira (7) as oito cidades brasileiras que sediarão a Copa do Mundo Feminina de 2027. Pela primeira vez realizada na América do Sul, a competição será disputada entre os dias 24 de junho e 25 de julho e reunirá 32 seleções de todos os continentes. O Brasil, já garantido como anfitrião, também abrigará a partida de abertura e a grande final no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

O anúncio foi feito em vídeo publicado nas redes da entidade, com participação de nomes como Marta e Vinicius Junior, além do presidente da FIFA, Gianni Infantino. O evento marca o início oficial da contagem regressiva para um torneio que, segundo a organização, “promete ser a edição mais impactante da história do futebol feminino”.

Palcos definidos para receber o mundo

As oito cidades-sede escolhidas foram: Rio de Janeiro (Maracanã), São Paulo (Neo Química Arena), Belo Horizonte (Mineirão), Recife (Arena Pernambuco), Fortaleza (Castelão), Salvador (Arena Fonte Nova), Brasília (Mané Garrincha) e Porto Alegre (Beira-Rio). Todos os estádios selecionados já foram utilizados na Copa do Mundo masculina de 2014, o que facilita o aproveitamento da infraestrutura instalada e reduz custos logísticos.

Segundo o projeto inicial, Maracanã, Mané Garrincha e Mineirão receberiam o maior número de partidas (oito cada), enquanto a Neo Química Arena sediaria sete confrontos, incluindo uma das semifinais. A outra semifinal ocorreria em Brasília. Contudo, a distribuição final dos jogos ainda será definida pela FIFA, que iniciará visitas técnicas nos próximos meses.

Originalmente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou 10 cidades como candidatas. O número foi reduzido para oito, conforme limite estabelecido pela entidade internacional. Belém, Manaus, Cuiabá e Natal ficaram de fora da lista final, embora tenham sido reconhecidas pela FIFA pela qualidade de suas propostas.

Legado esportivo, social e institucional

A Copa do Mundo Feminina integra um esforço coordenado do governo federal para impulsionar políticas públicas voltadas às mulheres no esporte. O ministério do Esporte, comandado por André Fufuca, lidera a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, em articulação com outras pastas e órgãos públicos. Entre os objetivos estão o incentivo à prática esportiva entre meninas, a formação de técnicas, árbitras e gestoras e a descentralização da modalidade pelo território nacional.

“O Brasil está pronto para fazer história. Essa é uma das etapas mais empolgantes rumo à Copa do Mundo Feminina de 2027. A definição das cidades-sede representa o momento em que o sonho começa a ganhar forma, com rostos, territórios, culturas e histórias que vão fazer parte dessa festa coletiva”, declarou o ministro. Já a diretora do ministério e ex-jogadora Marileia dos Santos, a “Michael Jackson”, destacou que o legado “não será apenas esportivo, mas estrutural e social”.

As oito cidades-sede também anunciaram que vão promover ações de celebração local nos próximos dias, como iluminação de pontos turísticos, eventos nos estádios e atividades com atletas e lideranças comunitárias.

Projeção internacional e histórico da competição

Com o anúncio, o Maracanã se tornará o único estádio do mundo a sediar três finais de Copas do Mundo da FIFA, depois das edições masculinas de 1950 e 2014. A FIFA também confirmou que todos os estádios serão utilizados com sua capacidade máxima, revertendo a proposta inicial de limitação de público. A meta da entidade é bater recordes de audiência e presença nos estádios.

O torneio será o segundo com 32 seleções e terá a seguinte distribuição de vagas: Europa (11), Ásia (6), África (4), América do Norte e Central (4), América do Sul (4, incluindo o Brasil), Oceania (1) e 3 vagas definidas via playoffs intercontinentais.

O Brasil é um dos países com mais participações em Copas do Mundo femininas. Estreou em 1991 e chegará à sua décima edição consecutiva, mantendo um recorde que pode ser igualado por seleções como Alemanha, Japão e Estados Unidos. Em campo, a seleção feminina busca seu título inédito, após o vice-campeonato de 2007. O país ostenta a maior artilheira da história da competição, com Marta e seus 17 gols, além de nomes históricos como Formiga, que disputou sete edições do torneio.

Uma chance histórica para o futebol feminino

Com a primeira edição do Mundial feminino na América do Sul, o Brasil assume o protagonismo de uma transformação mais ampla no cenário esportivo global. O presidente da FIFA, Gianni Infantino, declarou que “o mundo experimentará o calor humano e a diversidade cultural que só o Brasil pode oferecer”. Ele reforçou que o torneio precisa deixar “um impacto positivo e duradouro”, em infraestrutura, inclusão e visibilidade para o futebol praticado por mulheres.

Ao confirmar os palcos da Copa, o país inicia um novo ciclo de mobilização nacional em torno do futebol feminino. A expectativa é que o evento vá além dos gramados, contribuindo para a igualdade de gênero, o desenvolvimento regional e a valorização do esporte como instrumento de transformação social.

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