União Brasil e PP concentram decisões na federação e esvaziam direções estaduais onde há disputa para 2026

A federação partidária formada por União Brasil e Progressistas (PP) definiu que as candidaturas aos cargos de governador e senador nas eleições de 2026 serão centralizadas nas mãos da cúpula nacional das duas legendas.

A presidência da federação será inicialmente compartilhada entre Ciro Nogueira (PP) e Antonio Rueda (União), com previsão de escolha de um representante único até dezembro deste ano. Apesar disso, todas as decisões continuarão exigindo consenso entre os dois partidos.

O modelo de centralização, ainda sujeito à homologação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prevê uma atuação unificada no Congresso Nacional, além de alinhamento nas eleições municipais, estaduais e federais.

Apesar do acordo para criação da federação, há entraves em diversos estados, onde PP e União Brasil têm alianças distintas. A divisão de comando nos estados já começou: cada sigla liderará nove estados, enquanto outros nove seguem indefinidos.

Para evitar conflitos internos, o comando nacional vetou a autonomia das direções locais na definição de candidaturas a governador e senador — todas as decisões passarão pelo aval da direção nacional da federação União Brasil-PP.

Conflitos regionais desafiam a unidade da federação União Brasil-PP

No Pernambuco, a disputa envolve o ex-prefeito Miguel Coelho (União), que articula uma candidatura ao Senado, e o deputado Mendonça Filho (União), aliado da governadora Raquel Lyra (PSD). O PP, que também apoia Lyra, é liderado por Eduardo da Fonte, rival de Mendonça.

Embora Pernambuco esteja sob comando do PP na federação, o apoio à reeleição da governadora precisará de aprovação conjunta das cúpulas nacionais. Situações semelhantes ocorrem na Bahia e no Ceará, ambos sob controle do União Brasil na federação, mas com membros do PP alinhados a governos petistas.

No Acre, o governador Gladson Camelli (PP) deseja indicar seu sucessor, enquanto o senador Alan Rick (União) tenta viabilizar sua própria candidatura ao governo. Apesar de o estado estar sob liderança do PP, qualquer definição depende do aval das lideranças nacionais.

Na Paraíba, a indefinição sobre qual partido liderará a federação local alimenta a disputa interna por uma candidatura ao governo estadual, espelhando o conflito visto no Acre.

Com 107 deputados federais e 14 senadores, a federação União Brasil-PP será a maior bancada da Câmara, ultrapassando o PL de Jair Bolsonaro, que conta com 92 deputados. No Senado, empata com o PSD e o PL.

Juntas, as duas legendas controlam seis governos estaduais, 1.343 prefeituras e terão um dos maiores fundos partidários do país, estimado em R$ 954 milhões.

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