Uma mudança no uniforme da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 está movimentando torcedores e especialistas nesta semana. Segundo o site especializado Footy Headlines, a tradicional camisa número dois — conhecida pelo azul — poderá ser substituída por uma versão completamente vermelha, desenvolvida pela marca Jordan, que é subsidiária da Nike, patrocinadora oficial da CBF. A notícia causou alvoroço nas redes sociais e levanta questionamentos sobre o respeito às cores da bandeira nacional e ao próprio estatuto da Confederação Brasileira de Futebol.
Embora o design final ainda não tenha sido divulgado, o portal afirma que a camisa trará uma tonalidade moderna e vibrante de vermelho, rompendo com o padrão histórico da Seleção. Caso a mudança se confirme, essa será a primeira vez que o Brasil utilizará uma cor predominante fora da paleta verde, amarela, azul e branca — oficialmente vinculadas à bandeira do país e reconhecidas como símbolos pela CBF.
Contudo, apesar da ousadia da proposta, o vermelho não seria totalmente inédito na história da Seleção Brasileira. O time já usou essa cor em duas ocasiões anteriores, ambas marcadas por circunstâncias excepcionais. A primeira aconteceu em 1917, durante o Campeonato Sul-Americano. Como a camisa principal era branca, o Brasil precisou improvisar diante das seleções de Argentina e Chile, que também usavam branco. A solução foi adotar um uniforme vermelho improvisado.
Já a segunda vez remonta a 1936, em outra edição do Sul-Americano, disputada na Argentina. Novamente, devido ao conflito de cores com os adversários — neste caso, o Peru —, a equipe brasileira entrou em campo vestindo camisas vermelhas emprestadas pelo clube argentino Independiente. Desde então, o vermelho nunca mais foi utilizado de forma oficial.
O que diz o estatuto da CBF sobre o tema?
A eventual introdução de uma camisa vermelha como uniforme alternativo em uma Copa do Mundo, portanto, seria sem precedentes no contexto moderno da CBF. Isso porque o estatuto da entidade não permite o uso livre de qualquer cor. No capítulo 3, que trata dos símbolos oficiais, o artigo 13 especifica que os uniformes da Seleção devem respeitar as cores da bandeira da CBF — que são, por sua vez, as mesmas da bandeira nacional: verde, amarelo, azul e branco.
O inciso 3 do artigo é taxativo: o uso de cores fora desse conjunto não é permitido, a menos que a vestimenta seja comemorativa. Isso significa que, para viabilizar o lançamento do novo uniforme como peça oficial de competição, a CBF precisaria promover uma mudança em seu próprio estatuto. Sem essa alteração, o uso do vermelho poderia ser interpretado como uma infração institucional.
Vale lembrar que o estatuto atual já contempla exceções em casos comemorativos. Um exemplo recente foi a camisa preta usada pela Seleção Brasileira em março de 2024, durante um amistoso contra a Espanha. Na ocasião, o uniforme foi lançado como uma ação simbólica conjunta das duas seleções contra o racismo, o que se enquadra na categoria especial prevista pelo documento.
A ousadia da nova camisa não se limita apenas à cor. Embora a fornecedora continue sendo a Nike, a confecção ficará sob o selo Jordan, que pertence ao lendário ex-jogador de basquete Michael Jordan e é controlado pela própria Nike. Isso significa que, em vez da tradicional logomarca da vírgula, o uniforme trará a silhueta do astro da NBA. O modelo segue o padrão já adotado pelo Paris Saint-Germain, clube francês que também usa o selo Jordan em algumas de suas camisas.
A peça vermelha, que substituiria a atual camisa azul — predominante desde os anos 1950 —, está programada para ser lançada em março de 2026, apenas três meses antes do início da Copa do Mundo.
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