China garante crescimento econômico sem depender de produtos americanos e com apoio do Brasil

Autoridades da China afirmaram que o país poderia dispensar importações agrícolas e energéticas dos Estados Unidos sem comprometer o crescimento. O país asiático prometeu atingir a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% ao ano apesar da guerra comercial.

Segundo o vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Zhao Chenxin, a produção doméstica de produtos agrícolas e energia, juntamente com importações de fontes não americanas, seriam mais do que suficientes para satisfazer a demanda.

“Mesmo que não compremos grãos para ração e oleaginosas dos Estados Unidos, isso não terá muito impacto no fornecimento de grãos do nosso país”, disse.

A fala ocorreu durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 28, onde autoridades chinesas buscaram tranquilizar o público sobre o estado da economia e prometeram intensificar o apoio para evitar os efeitos da guerra comercial.

De acordo com Zhao, as importações agrícolas dos Estados Unidos eram “principalmente para grãos de ração, que eram altamente substituíveis”. Ele observou que haveria impacto limitado nos suprimentos de energia da China se as empresas parassem de importar petróleo, gás natural e carvão dos EUA.

Em 2023, agricultores americanos enviaram aproximadamente US$ 33 bilhões (R$ 187 bilhões) em produtos agrícolas para a China. Além disso, o país enviou cerca de US$ 15 bilhões (R$ 85 bilhões) em petróleo, gás e carvão para o país asiático.

Com a guerra comercial, Brasil e Argentina deverão enviar mais produtos para a China. A participação dos EUA nas importações de alimentos da China caiu para 13,5% em 2023, de 20,7% em 2016, enquanto a do Brasil cresceu de 17,2% para 25,2% no mesmo período.

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