Substâncias como antocianinas, presentes na casca da jabuticaba e de outras frutas com a mesma coloração, atuam no controle da hiperglicemia e na inflamação associada ao câncer colorretal. As descobertas foram publicadas pelo Laboratório de Nutrição e Metabolismo (Lanum) da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade de Campinas (Unicamp).
O professor e orientador Mário Maróstica, associado ao Lanum, coordena pesquisas para investigar também os efeitos do consumo da farinha da casca da jabuticaba entre pessoas que sofrem de síndrome metabólica, caracterizada pela presença de obesidade abdominal associada a pelo menos mais dois fatores, como aumento da pressão arterial e triglicérides.
Outro estudo investiga os efeitos do consumo da casca em indivíduos que apresentam declínio cognitivo leve, um quadro que antecede o processo de demência. Os participantes da pesquisa, ainda em processo inicial, irão consumir o extrato ou o suco da casca da fruta para análise dos resultados.
Desde 2008, Mário Maróstica estuda o potencial da casca da jabuticaba no controle e tratamento de doenças. Em pesquisa publicada em 2019, foi demonstrado que compostos bioativos do pó liofilizado da casca de jabuticaba pode controlar a inflamação crônica associada ao câncer colorretal. O estudo foi realizado com camundongos, e os resultados positivos, até agora, apontam para possibilidade de sucesso também entre humanos.
“A jabuticaba tem uma ação surpreendente até mesmo no controle dos índices glicêmicos entre indivíduos saudáveis”, diz o professor Maróstica. “Em 2018 o câncer colorretal (CCR) ocupou o terceiro lugar em mortalidade e o segundo em incidência dentre todos os tipos de câncer. O consumo de frutas ricas em fibras e compostos fenólicos reduz significativamente o risco de desenvolvimento de CCR”, publicou Maróstica no estudo.
Fonte: Jornal da Unicamp
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