O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília. De acordo com o boletim médico divulgado nesta quarta-feira, 16, Bolsonaro apresenta “boa evolução clínica”, está “sem dor” e segue com restrição de visitas.
“O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Encontra-se com boa evolução clínica, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências. Mantém programação de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, afirma o boletim.
Nas redes sociais, o ex-presidente afirmou que está com “boa evolução clínica, sem maiores dores, sangramentos ou intercorrências mais graves”. Ele publicou vídeo caminhando pelo hospital.
“Permaneço concentrado no processo de recuperação, que pelo que entendo foi procedimento mais invasivo que aconteceu”, disse mais cedo no X.
“Agradeço, com muito carinho, aos amigos que estão respeitando esse momento delicado, compreendendo que, por orientação médica, apenas familiares e profissionais de saúde estão autorizados a acompanhar de perto. Isso é essencial para evitar conversas e estímulos que possam causar dilatação e até mesmo descolamento da parede abdominal — riscos que precisam ser evitados com máxima cautela frente ao enfrentado na sala de cirurgia”, completou.
Cirurgia
Bolsonaro passou por cirurgia após ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. O procedimento, uma laparotomia exploradora, tem como objetivo liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal, comprometida após sucessivas intervenções realizadas desde o atentado a faca sofrido em 2018, durante a campanha presidencial.
O problema intestinal foi identificado após Bolsonaro passar mal na sexta-feira, 11, durante um evento político do PL no Rio Grande do Norte. Ele foi encaminhado ao Hospital Rio Grande, em Natal, onde recebeu o diagnóstico de suboclusão — uma obstrução parcial do intestino que dificulta a passagem normal de gases e fezes. Inicialmente, os médicos cogitaram tratamento clínico, mas exames subsequentes indicaram persistência no quadro, o que levou à necessidade da intervenção cirúrgica.
As aderências intestinais detectadas são sequelas recorrentes em pacientes que passaram por múltiplas cirurgias na região abdominal. Tecidos cicatriciais acabam se formando entre as alças intestinais ou entre órgãos, provocando obstruções parciais ou totais, dor crônica e dificuldades funcionais. No caso de Bolsonaro, esses problemas se agravaram ao longo dos anos, especialmente pelas inúmeras intervenções cirúrgicas já realizadas após o atentado.
Ainda no sábado, 12, por iniciativa própria e com o consentimento da família, Bolsonaro decidiu ser transferido para a capital federal, onde já realizou outros procedimentos anteriormente. O transporte até Brasília foi feito por meio de uma UTI aérea.
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