Em primeira mão, o exemplar número um da revista Mais Nordeste, que recebi, há pouco. Trata-se do meu mais novo desafio editorial e empresarial. A revista, mais um canal de comunicação para colocar em discussão os problemas comuns do Nordeste, nasce pelo grupo SC Comunicação, de Fortaleza, à frente dos jornalistas Cláudio Conceição e Arnaldo Santos.
Tem versões on-line e impressa, com correspondentes em todas as capitais do Nordeste. Nesta edição de largada, o primeiro questionamento: o Nordeste estagnou. Nos últimos anos, a participação da Região no PIB, o Produto Interno Bruto do Brasil, estagnou na casa dos 13%. E isso já tem meio século. Tudo por causa de problemas estruturais que se arrastam, aliados a uma conjuntura bastante desfavorável, onde o mercado consumidor se concentra a quilômetros de distância dos principais centros produtivos.
A Região, que concentra mais de 53 milhões de brasileiros, não consegue superar os efeitos da seca com instrumentos adequados. É carente de uma infraestrutura sólida, seu saneamento básico é deficiente, com pouco mais de 30% da população com acesso a redes de esgoto.
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Isso significa mais de 14 milhões de pessoas sem água tratada, segundo estudo do Trata Brasil. Outros assuntos em pauta na primeira edição: o novo Nordeste com a transformação digital, o sonho da Transnordestina, o recorde de cargas em Suape, a vocação do Piauí para energia éolica e a busca por alternativas para o saneamento.
Do Recife, escrevi duas reportagens: na área cultural, o Sertão da fé e da bravura manifestado através da Missa do Vaqueiro. Na política, a história dos bispos vermelhos, com destaque para Dom Francisco Mesquita, da Diocese do Sertão do Pajeú, em Afogados da Ingazeira, que nos deixou em 2006, aos 82 anos.
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