A fabricante japonesa Kawasaki surpreendeu o público ao divulgar o conceito de um robô quadrúpede movido a hidrogênio, batizado de Corleo. Com a aparência que lembra um cavalo futurista, o projeto foi revelado em um vídeo no canal oficial da empresa no YouTube e propõe um novo modelo de mobilidade pessoal off-road para terrenos solicitados.
Apesar do visual ousado e das simulações que mostram o Corleo escalando montanhas e saltando fendas cobertas de gelo, o robô ainda é apenas um protótipo com mobilidade limitada. No vídeo, gerado por computação gráfica (CGI), o robô exibe funções que ainda não estão inovadoras na prática. O modelo real consegue apenas manter o pé e ajustar a postura.
O Corleo é equipado com um motor a hidrogênio de 150 cc e tanques de hidrogênio comprimido na parte traseira. A proposta é oferecer uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis, com emissão zero de poluentes e autonomia ampliada. As quatro pernas possuem cascos de borracha inspirados em cavalos, específicos para garantir tração e absorver impactos em terrenos irregulares.
O controle do robô simula a experiência de montar um cavalo: o piloto usa o guia e os estribos para transferir peso e direcionar o movimento. Um painel digital exibe dados como nível de umidade, centro de gravidade e sistema de navegação, enquanto projetores de LED iluminam o caminho em ambientes escuros.
Apresentado oficialmente como atração para a Expo Osaka-Kansai 2025, o Corleo ainda não tem previsão de produção comercial. O lançamento foi realizado no dia 3 de abril. FSegundo a Kawasaki, trata-se de uma visão criativa sobre o futuro da mobilidade pessoal. “Corleo representa uma nova categoria de dispositivo de mobilidade pessoal que permite às pessoas explorar com segurança locais antes inacessíveis”, afirma a empresa na descrição do vídeo, que já chega a quase 1 milhão de visualizações.
Veja o vídeo do robô cavalo abaixo.
Como funciona?
Um veículo movido a hidrogênio funciona com base na tecnologia de célula de combustível ou em um motor de combustão interna modificada, utilizando o hidrogênio como fonte de energia. Esse tipo de robô é projetado para oferecer mobilidade sustentável, com emissão zero de poluentes (quando utiliza células de combustível) e maior autonomia em comparação com baterias elétricas convencionais. A seguir, explique os principais componentes e funcionamento:
O hidrogênio é armazenado em tanques pressurizados no robô, geralmente a 350 ou 700 bar (unidade de pressão). Esses tanques são leves e feitos de materiais reforçados (como fibra de carbono), projetados para suportar alta pressão com segurança.
Célula a combustível (mais comum em robôs avançados):
- O hidrogênio (H₂) é combinado com o oxigênio (O₂) do ar em uma ocorrência eletroquímica.
- Essa ocorrência gera eletricidade, calor e vapor d’água como subproduto.
- A eletricidade alimenta motores elétricos, sensores, atuadores e sistemas eletrônicos do robô.
Motor a combustão interna adaptado (caso do Corleo, da Kawasaki):
- O hidrogênio é injetado em um motor semelhante ao da gasolina.
- Ele queima rapidamente, movendo pistões e gerando força mecânica.
- É uma solução mais fácil de implementar com a tecnologia já existente, embora menos eficiente que uma célula a combustível.
- Ainda assim, o subproduto principal da queima é água, com emissões muito reduzidas.
Sistemas de propulsão e controle
A energia gerada alimenta motores elétricos nas “pernas” do robô ou movimenta um sistema de transmissão mecânica (no caso de motor a combustão). As “articulações” robóticas são controladas por algoritmos que ajustam o equilíbrio e a postura conforme o terreno.
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