Por Gislâine Xavier
Em meio à política de deportações em massa, o governo de Donald Trump colocará em prática, a partir da próxima semana, o chamado “gold card”, um programa que concede visto de residência nos EUA em troca de um investimento de US$ 5 milhões (cerca de R$ 28 milhões) no Tesouro americano. Anunciado em março, o visto, batizado de ‘cartão ouro’, será destinado a estrangeiros dispostos a pagar esse valor para obter autorização legal de permanência no país.
Segundo o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, as inscrições para o novo tipo de visto estarão disponíveis no site da Secretária de Comércio norte-americana. Os candidatos ao programa passarão por uma avaliação do governo dos EUA e, se aprovados, receberão o visto ainda em seus países de origem.
Assim, os aprovados no “gold visa” terão autorização para entrar e residir legalmente nos Estados Unidos, conforme as regras estabelecidas pelo governo norte-americano. Uma vez no país, os beneficiários desse visto também poderão solicitar a cidadania americana.
Em mãos
Donald Trump apresentou o protótipo do “cartão ouro”, um visto especial para investidores estrangeiros. O cartão tem seu rosto, a Estátua da Liberdade, uma águia e a inscrição “O cartão Trump”. O programa começa em duas semanas e, segundo Trump, atrairá empresários que gerem empregos e reduzam o déficit dos EUA. Ele mesmo se declarou o “primeiro comprador”.
O novo visto substituirá o atual programa EB-5, que exige investimentos ou geração de empregos para obter residência. Outros países, como Portugal e Reino Unido, já tiveram vistos semelhantes, mas os cancelaram por questões de segurança. Trump, no entanto, espera vender até um milhão desses cartões, incluindo para oligarcas russos.
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