A guerra comercial entre Estados Unidos e China atingiu novos patamares com o anúncio da Casa Branca de que as tarifas sobre produtos chineses agora somam impressionantes 145%. A decisão veio após o presidente Donald Trump determinar um aumento de 125% nas tarifas, em resposta direta à retaliação de Pequim, que havia elevado suas taxas sobre produtos americanos para 84%.
Desde fevereiro, os EUA vêm intensificando sua política tarifária contra a China. A tarifa original de 10% dobrou para 20% após a aplicação de uma sobretaxa ligada ao fentanil. Em seguida, o governo americano anunciou medidas de “tarifas recíprocas”, elevando as taxas para 54%, e depois para 104% após novas retaliações chinesas. O movimento mais recente, com a elevação a 145%, confirma o acirramento da disputa e o endurecimento da postura de Washington.
Trump justificou a medida alegando que a China tem demonstrado “falta de respeito aos mercados mundiais” e afirmou que a era da exploração comercial contra os EUA chegou ao fim. Para os “países que não retaliaram de forma alguma”, Trump reduziu as taxas “recíprocas” para 10%, por um período de 90 dias. Ele se referiu à decisão como uma “pausa” no tarifaço, que, há uma semana, havia provocado uma escalada na guerra comercial global.
Pequim, por sua vez, não recuou diante da ofensiva americana. Em nota oficial, o Ministério do Comércio chinês acusou os EUA de usarem tarifas como “arma de pressão” e alertou que, caso a guerra comercial continue, a China está disposta a “lutar até o fim”. O governo chinês defende negociações, mas ressalta que qualquer diálogo deve se basear em respeito mútuo e igualdade.
A resposta internacional à escalada foi marcada por incerteza e instabilidade. Analistas apontam que, apesar da retórica de força, Trump foi forçado a recuar parcialmente devido ao impacto nos mercados e à reação negativa entre investidores e aliados. A confiança internacional nos EUA sofreu abalos, e países anteriormente próximos a Washington agora buscam alternativas — muitos deles se aproximando da China.
Internamente, Trump também enfrenta críticas. Pesquisas recentes apontam queda em sua aprovação e crescente oposição popular à guerra comercial. Empresários, investidores e até apoiadores republicanos demonstram preocupação com os impactos econômicos da estratégia tarifária. Apesar de declarar amizade e respeito ao presidente Xi Jinping, Trump deixou claro que, enquanto a China não ceder, a disputa seguirá em curso.
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