
O rápido reconhecimento da situação de emergência nas cidades de Angra dos Reis e Petrópolis, no Rio de Janeiro, por parte do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), permitiu a liberação imediata de apoio federal às prefeituras afetadas pelas fortes chuvas. A medida, formalizada neste domingo (6) pela Defesa Civil Nacional, autoriza os municípios a solicitarem recursos para ações emergenciais, como distribuição de cestas básicas, água potável, kits de limpeza, higiene pessoal, refeições para equipes de campo e apoio em abrigos.
Desde sexta-feira (4), as chuvas intensas provocaram 568 atendimentos pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros em diversas regiões fluminenses. Foram registradas 81 vítimas sem gravidade, além de 37 casos de alagamentos, 18 deslizamentos, 313 cortes de árvores e 174 resgates de animais. Mais de 6,5 mil agentes atuaram na força-tarefa mobilizada para mitigar os efeitos do temporal. Não houve mortes — um resultado diretamente ligado à ação coordenada entre governos e ao uso de tecnologia para alertas preventivos.
A preparação começou antes mesmo da chuva cair. No dia 1º de abril, a Defesa Civil Nacional já havia elevado o nível de atenção para o estado após alertas meteorológicos. Segundo o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, que está no Rio para monitorar as ações de campo, essa articulação antecipada foi fundamental para a segurança da população. “O sistema de alertas foi fundamental para salvar vidas em cidades como Angra dos Reis e Petrópolis”, afirmou.
Tecnologia que salva vidas
Acionado pela primeira vez com o nível “extremo”, o sistema Defesa Civil Alerta permitiu evacuações preventivas em cidades como Guapimirim, onde quatro grandes deslizamentos ocorreram horas depois do aviso. “Desde o dia 1º de abril, quando os meteorologistas deram o alerta de chuvas extremas, o Cenad elevou o nível de atenção para o estado. No dia 3, reunimos mais de 250 técnicos das defesas civis estadual e municipais do Rio de Janeiro para planejar a resposta ao evento climático que se aproximava”, observou o secretário.
A tecnologia funciona por meio do sistema Cell Broadcast, que envia mensagens emergenciais diretamente para os celulares da população em áreas de risco, interrompendo qualquer atividade no aparelho com um som de alerta. Além disso, o Governo do Estado manteve vigilância 24h sobre as áreas de risco com apoio do Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN-RJ), garantindo agilidade nas decisões locais.
O Governo Federal segue atuando em conjunto com os municípios afetados. Além do socorro imediato, o foco agora é restabelecer serviços básicos e reconstruir estruturas danificadas. Em casos como o do Rio de Janeiro, onde os deslizamentos são frequentes e perigosos, essa resposta ágil é essencial para preservar vidas e acelerar a recuperação das comunidades atingidas.
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com agências
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