Zé Dirceu de volta: A retomada da corrupção?

Por Cláudio Soares*

A recente volta de José Dirceu ao cenário político brasileiro é um retrato preocupante da resiliência da corrupção em nosso país. O ex-ministro, que já foi símbolo de escândalos e desvio de verbas, agora se reintegra a um ambiente político que parece ter esquecido as lições do passado. A imagem dos corruptos, abraçados pela cúpula do PT, é um forte indicativo de que a impunidade ainda reina e que os interesses pessoais continuam a prevalecer sobre o bem comum.

A cena do crime se repete, com os mesmos personagens ocupando os mesmos papéis de sempre, enquanto o povo assiste, muitas vezes apático, sem compreender a gravidade da situação.

A corrupção não é um mero desvio de conduta; é uma praga que mata, que tira do cidadão o acesso a serviços essenciais e que perpetua a desigualdade social. A falta de accountability e a tolerância com a corrupção minam a confiança nas instituições e desestabilizam a democracia.

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O Supremo Tribunal Federal (STF), que deveria ser o guardião da justiça, muitas vezes parece dar chancela aos corruptos, permitindo que figuras como Sérgio Cabral e José Dirceu estejam livres e voltem a ocupar espaços de destaque na política. Essa situação gera um ciclo vicioso, onde a corrupção é vista como uma prática normal, quase aceitável, e onde a ética e a moralidade são constantemente colocadas em segundo plano.

A praga dos corruptos está de volta, e o retorno de Dirceu é um sinal alarmante de que o Brasil ainda não aprendeu a lidar com suas feridas. Enquanto o país se debate entre a esperança de um futuro melhor e a frustração com o presente, é fundamental que a sociedade se mobilize, que a indignação se transforme em ação e que a cobrança por transparência e responsabilidade se torne uma prioridade.

É hora de exigir que aqueles que ocupam cargos públicos sejam responsabilizados por suas ações, que a justiça seja efetiva e que a corrupção não seja mais tolerada. O povo precisa entender que a corrupção não é uma questão distante — ela afeta a vida de todos e, se não for combatida, continuará a ser um câncer que corrói as bases de nossa sociedade. A mudança começa com a conscientização e a disposição de lutar por um Brasil mais justo e ético.

*Advogado e jornalista

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