Ministro de Minas e Energia sugere falta de coragem do presidente do Ibama sobre Foz do Amazonas

O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sugeriu falta de coragem do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, para que ele expresse sua resposta em relação à discussão da margem equatorial. O órgão ambiental sofre pressão da pasta para autorizar que a Petrobras perfure um poço na bacia Foz do Amazonas.

De acordo com a estatal, o objetivo é pesquisar potencial de exploração na área, que pode ser significativo e reverter a tendência de queda na produção de petróleo no Brasil nos próximos anos.

Técnicos do Ibama, por sua vez, já recomendaram negar a licença. Os técnicos entendem que não há segurança para as atividades na região, considerada ambientalmente sensível.

O ministro afirma que pediu duas reuniões sobre o tema ao presidente do Ibama, sendo ignorado até o momento. Silveira já havia afirmado que esperava com paciência e humildade por uma resposta. Ele sugeriu, nesta quinta, que o comportamento de Agostinho seria repreendido caso a atitude fosse de um órgão vinculado a sua pasta.

“Qualquer ministro de Estado que pedir uma audiência com uma das minhas vinculadas e não for respondido de imediato, marcando data, tenho certeza que [o responsável] seria repreendido por mim. Porque nós somos um governo, e o governo deve trabalhar uníssono no interesse da população brasileira”, disse.

“Eu já fiz o pedido, reiterei o pedido, mas não recebi nenhuma resposta”, continuou.

Silveira sugeriu que o presidente do Ibama está receoso e defendeu que ele venha a público falar sobre o tema. “Acredito que há um receio dele de ter a coragem de falar com o povo brasileiro qual a resposta dele. Não quero levar para o lado pessoal, quero falar institucionalmente. [Mas] eu acho que ele está receoso de dizer”, afirmou.

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