Lula, lamentável equívoco

Por Aldo Paes Barreto

O Brasil poderia exercer papel de destaque nesta atribulada fase da política mundial, com o boquirroto presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçando céus, terras e o bom senso. Poderia. O nosso presidente Lula (PT), ganharia destaque mundial e teria a rara oportunidade de reescrever a própria História. Seria um estadista. Seria.

Levado ao Poder pela terceira vez, Lula jogou tudo pela janela. Encantou-se, deslumbrou-se com os prazeres burgueses. Curvou-se a um congresso de 300 e tantos picaretas, abriu as fronteiras para a jogatina on-line, ficou ao lado das grandes multinacionais, dos poderosos da vez. Solidário com os corruptos está sendo, consequentemente, solidário com a corrupção.

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Os malfeitos com o dinheiro público continuam e as omissões também. Durante os dois governos Lula (2003-2011), foram denunciados mais de uma dezena de casos de corrupção: o escândalo do mensalão, dos bingos, de compra de votos, propinas recebidas das empreiteiras até por obras realizadas no exterior com dinheiro do povo brasileiro.

Recentemente, já no atual governo, o Ministério do Desenvolvimento Social contratou por R$ 5,6 milhões uma Organização Não-Governamental (ONG) comandada por um ex-assessor do PT que vem repassando verbas para entidades lideradas por atuais e ex-auxiliares de parlamentares petistas.

A denúncia foi feita publicamente, mas Lula não tomou nenhuma providência, continua omisso, repetindo o comportamento diante das apurações do demonizado juiz Sérgio Moro, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Quando se tornaram públicas as investigações do maior escândalo de corrupção do país, com foco inicial no desvio de recursos da Petrobras, Lula também foi omisso. As investigações proporcionaram recuperar cerca de R$ 2,9 bilhões. Delatores disseram que grande parte da propina do esquema que ia para o PT. Crimes confessos, inclusive pelos empresários que se beneficiaram do assalto. Lula saiu ileso.

Primeira quadra de novo milênio. Lula está terminando o serviço, destruindo todos os sonhos e esperanças daqueles jovens que se sacrificaram, morreram, foram torturados, esquecidos durante a ditadura militar. Poucos ainda estão aqui. Ficaram na História que não pode ser repetida. Nem como farsa, nem como tragédia.

O lamentável é que o antagonista de Lula é um indivíduo oportunista, incoerente, primário e pusilânime. O Exército profissional, ético, já havia alertado e punido o Capitão Bolsonaro.  O país, porém, tem votantes à altura. Fazer o quê, diante de uma sociedade que aplaude o neonazismo de Trump?

A democracia está sendo posta à prova. O Brasil precisa pensar em novos caminhos, em novos personagens. Ou será que só temos candidatos a craques de futebol ou cantores bregas e duplas caipiras? Com o nível dos atuais governantes não há maiores esperanças. Nem aqui, nem no futuro político do mundo.

Grande parte dos que estão aí é capaz de tudo e a outra metade não é capaz de nada.

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