
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja a Tóquio, no Japão, nos próximos dias 24 a 27, e a Hanói, no Vietnã, nos dias 27 a 29. O principal objetivo é estreitar as relações comerciais e cooperações técnicas com os dois países.
No Japão, Lula vai negociar a abertura de mercados para a carne bovina e suína, além de tratar sobre um possível acordo comercial daquele país com o Mercosul.
De acordo com o Itamaraty, a cooperação em Ciência, Tecnologia & Inovação é outra prioridade da agenda bilateral.
Entre as áreas mais promissoras, destacam-se tecnologias da informação e das comunicações, tecnologia aeroespacial, robótica, materiais avançados, ciências médicas e saúde e energias renováveis.
Também merecem destaque as amplas oportunidades na área de descarbonização, como o uso de etanol para a produção de combustível de aviação e biomassa para geração de eletricidade.
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“O Japão é uma grande economia, nosso mais tradicional parceiro na Ásia e é a nona origem de investimentos estrangeiros no Brasil, com um estoque de US$ 35 bilhões de investimentos nos últimos três anos”, destaca o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores.
Ele diz que o objetivo é dar impulso a setores prioritários, além de novos setores na relação.
“A gente tem como base essa boa relação de vínculos humanos, econômicos, mas queremos avançar. Uma das nossas expectativas é a abertura do mercado japonês para produtos brasileiros, especialmente carne bovina e suína in natura”, diz o embaixador.
Em 2024, Brasil e Japão registraram intercâmbio comercial de US$ 11 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 146,8 milhões.
O Brasil exporta carne de aves (frescas ou congeladas), alumínio, carne suína, celulose, café não torrado e minério de ferro, entre outros produtos.
Já as importacões do Brasil são compostas por partes e acessórios de veículos automotivos, instrumentos e aparelhos de medição, motores de pistão e demais produtos da indústria de transformação.
Vietnã
O Itamaraty diz que o Vietnã se consolidou como o quinto destino global das exportações do agronegócio brasileiro e se destaca como um dos principais produtores mundiais de café, arroz e produtos eletrônicos, setores nos quais há potencial para ampliar a cooperação bilateral.
“É o segundo país do Sudeste Asiático a se formar parceiro estratégico do Brasil. Nós estamos negociando um plano de ação para implementar essa parceria e a ideia é que esse plano de ação seja adotado durante a visita”, explica o embaixador Saboia.
“A visita terá por objetivo definir ações e iniciativas conjuntas para implementar a Parceria Estratégica entre os dois países, anunciada em 17 de novembro de 2024, quando o presidente Lula e o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chin, se reuniram à margem da Cúpula do G20, no Rio de Janeiro”, diz nota da pasta.
Em 2024, Brasil e Vietnã registraram intercâmbio comercial de US$ 7,7 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 415 milhões. “O comércio passou de US$ 500 milhões para quase US$ 8 bilhões. E a ideia é chegar a uma meta de US$ 15 bilhões em 2025”, ressalta o embaixador.
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