Servidores municipais de Poços de Caldas entram em greve


Categoria reivindica reajuste salarial de 11,8% e aumento no vale-alimentação de R$ 700 para R$ 1.000. Serviços das áreas de educação e saúde já estão sendo afetados. Funcionamento de creches é afetado por greve dos servidores em Poços de Caldas
João Daniel/EPTV
Parte dos servidores municipais de Poços de Caldas entraram em greve, nesta quarta-feira (5). A paralisação sem tempo definido foi decidida em assembléia realizada em 27 de fevereiro. A decisão foi tomada após reunião entre o Sindicato dos Servidores Públicos de Poços de Caldas (Sindserv) e a administração sobre o reajuste salarial e do vale-alimentação.
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Segundo o sindicato, os servidores pleiteam um reajuste salarial de 11,8% e aumento no vale-alimentação de R$ 700 para R$ 1.000, mas a primeira proposta da administração foi de aumento de 4,56% no salário e R$ 731 de vale-alimentação.
Com a rejeição da proposta, a prefeitura atualizou os reajustes para 5% no salário e R$ 770 de vale-alimentação, mas segundo o Sindserv, a administração municipal queria revogar algumas cláusulas do Acordo Coletivo que estão vigentes há vários anos e, a assembleia rejeitou a proposta e optou pelo início da greve.
Servidores municipais iniciam greve em Poços de Caldas
Marcelo Rodrigues/EPTV
O sindicato ainda não tem contabilizado quantos servidores já aderiram ao movimento, mas informou que cerca de 40 unidades – entre escolas, creches e postos de saúde – tiveram alguma alteração nos atendimentos.
Algumas creches estão atendendo em horário reduzido e algumas unidades de saúde estão com o quadro de funcionários desfalcados.
A Prefeitura de Poços de Caldas disse que irá se manifestar sobre a greve apenas após reunião interna que será realizada nesta quarta-feira.
Em nota publicada após a assembleia dos servidores, em 27 de fevereiro, a prefeitura alegou que, apesar de haver um cronograma inicial prevendo três encontros para negociação, após a primeira reunião, o sindicato convocou uma assembleia com indicativo de greve.
Unidades de saúde de Poços de Caldas estão com os quadros de funcionários desfalcados pela greve
Reprodução redes sociais
No mesmo dia, ocorreu a segunda reunião de negociação, quando a prefeitura apresentou sua contraproposta, incluindo, além dos reajustes salariais e de benefícios, melhorias em cláusulas sociais, como o aumento da licença-paternidade e do período de amamentação para servidoras mães, mas antes de uma nova negociação, o sindicato apresentou à categoria a proposta de greve, debatida na porta do Centro Administrativo.
A Prefeitura disse ainda que está impossibilitada de atender às demandas do sindicato devido ao limite prudencial de gastos com pessoal, já atingido pelo Município e notificado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Caso o limite legal seja ultrapassado, o Município estaria sujeito às sanções do Artigo 167-A da Constituição Federal, que proíbe reajustes salariais, novas contratações e programas de recuperação fiscal.
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