“O identitarismo vem de grupos minoritários segregados”, diz Maria Rita Kelh

A psicanalista, jornalista e ensaísta, Maria Rita Kelh, palestrou sobre seu livro ‘O Tempo e o Cão – A Atualidade das Depressões’, na mostra ‘O Amor, A Morte e As Paixões’. Antes da palestra, a autora falou, ao Jornal Opção, sobre o identitarismo.

Para Maria Rita, o identitarismo vem de grupos minoritários que são segregados. “Em países como o Brasil, que teve escravidão, os negros estão em classes sociais mais baixas. O Brasil tem um fenômeno que favorece o racismo”, diz.

A psicanalista avalia que é mais fácil encontrar negros sem trabalho. “Existe esse discurso racista de que negros são ‘vagabundos’ e isso é horrível”, continua.

Segundo Maria Rita, para combater o racismo é necessário discutir o problema. “Precisamos de discussões e políticas públicas para combater o racismo. Quando o presidente Lula estabeleceu as cotas para que descendentes de africanos consigam entrar na faculdade, ele começa a combater isso. Os negros, muitas vezes, não tinham condições de entrar em uma universidade pois tinham que trabalhar para ajudar a família”, diz.

“O preconceito já é injusto. Os negros vieram ao Brasil ao serem sequestrados da África para trabalhar a força. Então é necessário buscar formas para pagar essa dívida e dar possibilidade de que a população negra entre na classe média”, completou.

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