Roberta Flack, voz de ‘Killing Me Softly With His Song’, morre aos 88 anos

A cantora e pianista Roberta Flack, ícone da música soul e vencedora de múltiplos prêmios Grammy, morreu aos 88 anos. Segundo um comunicado divulgado à imprensa, ela faleceu pacificamente em sua residência, cercada pela família. A causa da morte não foi informada, mas Flack lutava contra a esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa que a impossibilitou de cantar nos últimos anos.

“Estamos tristes pelo falecimento da gloriosa Roberta Flack na manhã de 24 de fevereiro de 2025. Ela morreu pacificamente cercada por sua família. Roberta quebrou limites e recordes. Ela também era uma educadora orgulhosa”, afirmou um representante da artista em nota divulgada à revista Variety.

Uma carreira marcada por sucessos e prêmios

Nascida na Carolina do Norte, em 1937, Roberta Flack teve uma trajetória musical brilhante. Com formação clássica, a artista se destacou no cenário soul e R&B, conquistando o público com sua voz suave e interpretações emocionantes. Seu grande momento chegou na década de 1970, quando suas músicas dominaram as paradas de sucesso e consolidaram seu nome na história da música.

A ascensão de Flack aconteceu quando Clint Eastwood incluiu sua versão de “The First Time Ever I Saw Your Face” no filme “Perversa Paixão”, de 1971. A canção rapidamente se tornou um fenômeno e garantiu à cantora seu primeiro Grammy de Gravação do Ano em 1973. No ano seguinte, ela repetiu o feito ao vencer novamente na mesma categoria com “Killing Me Softly with His Song”, música que se tornou um clássico e foi regravada por diversos artistas.

Ao longo da carreira, Flack lançou 20 álbuns de estúdio e recebeu 14 indicações ao Grammy, vencendo cinco vezes. Em 2020, foi homenageada pela Academia com um prêmio pelo conjunto da obra. Seu último trabalho, “Let It Be Roberta: Roberta Flack Sings The Beatles”, foi lançado em 2012 e trouxe versões de clássicos da banda britânica.

Doença e afastamento dos palcos

Nos últimos anos, a saúde de Roberta Flack se tornou uma preocupação. Em 2022, um porta-voz da cantora revelou que ela havia sido diagnosticada com esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença neuromuscular progressiva que compromete os movimentos e a fala. “A doença faz com que seja impossível cantar e dificulta a fala”, informou o comunicado na época, sem especificar quando o diagnóstico foi feito.

Apesar das dificuldades impostas pela doença, Flack continuou sendo uma figura inspiradora no cenário musical. Mesmo afastada dos palcos, sua influência permaneceu forte, sendo constantemente reverenciada por artistas de diferentes gerações.

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