Oposição destaca união e diálogo, enquanto critica ações do Governo após eleições na Alepe

Do Blog Dantas Barreto

Encerradas as eleições dos novos presidentes da CCLJ, das comissões Finanças e de Administração, os deputados de oposição pregaram a união da Assembleia Legislativa e o diálogo com o Governo do Estado. Nas votações deste sábado, não houve presença de um só governista, apesar de Débora Almeida (PSDB) ter se candidatado à presidência da CCLJ. Os oposicionistas consideram que houve acusações virulentas e fora do tom.

Primeiro a se pronunciar na entrevista coletiva, o novo presidente da Comissão de Finanças, Antônio Coelho (UB), deixou claro seu posicionamento contrário ao mandado de segurança apresentado pelos aliados do Governo, visando anular a instalação das comissões ocorrida na sexta-feira. Ele se baseou nos artigos 124 do Regimento Interno da Alepe no 118 da Câmara Federal.

Coelho criticou a postura dos governistas, diante do cenário de derrota já prevista, já que a oposição conseguiu ocupar a maioria dos cargos nas principais comissões. “O debate político foi rebaixado, mas tem que ser superado”, afirmou o deputado. Ele enfatizou que o assunto é para ser tratado internamente, sem interferências externas. “Faço um apelo aos colegas que se unam, que esta Casa esteja unida novamente”, ressaltou.

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Alberto Feitosa (PL), que agora é o presidente da CCLJ, disse ser normal e faz parte do processo político o debate mais acalorado. No entanto, considerou que a deputada Débora Almeida “foi infeliz”, quando acusou a oposição e o presidente interino da Alepe, Rodrigo Farias (PSB), de terem dado um golpe por descumprirem os prazos regimentais.

“Harmonia e independência. Vamos primar por esses dois princípios”, disse Feitosa. Ele lembrou que, há dois anos, a eleição de Antônio Moraes (PP) para presidente da CCLJ “foi definida na sala da governadora e o PL mudou a liderança de última hora”. “Nós respeitamos a maioria”, acrescentou.

Solidariedade

Os deputados prestaram solidariedade ao presidente Rodrigo Farias, que foi duramente criticado numa Carta Aberta assinada por 26 deputados. “Tivemos uma surpresa com o tom da carta, que fugiu da relação que temos nesta Casa”, disse Waldemar Borges (PSB), novo presidente da Comissão de Administração. Na sua opinião, “o tom virulento” teve participação ativa da Secretaria da Casa Civil e do Poder Executivo. Antônio Coelho chegou a afirmar que Rodrigo “foi vítima de fake news”

Presidente estadual do PSB, o deputado Sileno Guedes também se solidarizou com Rodrigo, garantindo que o correligionário agiu “com firmeza e diálogo com todos os deputados”, nesse período que substitui Álvaro Porto (PSDB) na presidência da Assembleia Legislativa. “Foi um documento assinado por deputados, mas alguns nem sabiam da presença dos seus nomes na lista. As comissões estão instaladas. Esse é um fato que encerra neste momento”, enfatizou.

Governabilidade

Quanto ao apelo feito por Raquel Lyra nesta semana, de que os deputados sejam co-responsáveis pela governabilidade do Estado, Waldemar Borges assegurou que essa é a intenção do Legislativo. “Somos co-responsáveis, mas precisamos garantir a independência e o diálogo entre os poderes e um comportamento verdadeiramente democrático. A gente não se sente atingido com a declaração da governadora”, cravou o socialista.

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