China constrói 30 mil fábricas inteligentes para modernizar sua indústria

A China construiu mais de 30 mil fábricas inteligentes como parte de sua estratégia de modernização industrial, informou o Ministério da Indústria e Informatização (MII). O avanço faz parte de um plano mais amplo de digitalização da manufatura, que também resultou na criação de 1.200 fábricas de nível avançado e 230 de excelência.

A iniciativa busca reduzir custos, aumentar a eficiência da produção e aprimorar o controle de qualidade. Segundo o MII, as fábricas inteligentes registram ciclos de desenvolvimento de produtos 28,4% mais curtos, eficiência produtiva 22,3% maior e 50,2% menos defeitos nos produtos. Além disso, as emissões de carbono foram reduzidas em 20,4%, indicando um esforço de sustentabilidade no setor.

A digitalização das fábricas se insere em um sistema de classificação por maturidade tecnológica, no qual o governo chinês prevê a expansão de unidades para um nível de excelência e, futuramente, para o estágio de pioneirismo na industrialização digital. As fábricas inteligentes já operam em todas as 31 províncias do país, abrangendo mais de 80% dos setores de manufatura.

IA e cooperação internacional

O avanço tecnológico chinês foi tema da Cúpula para Ação em Inteligência Artificial, realizada em Paris, nos dias 10 e 11 de fevereiro, onde o país reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento inclusivo e sustentável da IA. Representando o presidente Xi Jinping, o vice-primeiro-ministro Zhang Guoqing destacou que a China está disposta a trabalhar com outras nações para impulsionar a inovação e a segurança na área.

O governo chinês tem participado ativamente da governança global da IA. Em outubro de 2023, Xi Jinping apresentou a Iniciativa Global para Governança de IA, que propõe diretrizes para o desenvolvimento ético e seguro da tecnologia. Na cúpula, Zhang Guoqing ressaltou que a China defende a cooperação internacional para evitar desigualdades tecnológicas e garantir que a IA beneficie toda a humanidade.

Além disso, Pequim convidou empresas e governos estrangeiros para a Conferência Global de Desenvolvedores de IA (GAIDC), programada para ocorrer em Shanghai, entre os dias 21 e 23 de fevereiro, consolidando a China como um dos principais polos de pesquisa e inovação no setor.

Relações China-França e expansão tecnológica

A presença chinesa na cúpula de Paris também teve impacto na diplomacia. O presidente francês, Emmanuel Macron, recebeu Zhang Guoqing e reafirmou a importância da cooperação estratégica com Pequim. Macron destacou que a França defende sua autonomia tecnológica e industrial, mas reconhece a necessidade de diálogo com a China para o avanço da inteligência artificial e da digitalização da manufatura.A China, por sua vez, busca consolidar sua liderança na revolução industrial digital, integrando fábricas inteligentes e inteligência artificial a seus processos produtivos. Com a ampliação de parcerias internacionais, o país se posiciona como um ator central na transição global para uma economia de alta tecnologia.

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