Polícia mira um dos maiores ladrões de carga de Goiás e PM da reserva suspeitos de vender produtos roubados

Cinco membros de uma quadrilha especializada em roubo, furto e receptação de cargas em todo o país foram presos na manhã desta quinta-feira, 13, durante operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO). A Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (DECAR), responsável pela ação, também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Goiânia, Rianápolis e Brumado, na Bahia. Um arsenal de armas e munição, inclusive de uso restrito, foi apreendido com um dos suspeitos. 

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Entre os alvos está um 1º sargento da reserva da Polícia Militar de Goiás (PMGO) e o líder do bando, considerado um dos maiores ladrões de carga de Goiás, tendo mais de 10 passagens. A polícia trabalha com a hipótese de que o investigado, de 33 anos, tenha relação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele cumpre pena em regime fechado na Bahia desde de julho de 2024.

“Há registros de crimes praticados pela organização há mais de 10 anos. Inicialmente eles cometiam roubos de cargas, mas como esse crime reduziu em Goiás, eles começaram a receptar cargas. Há indícios de que receberam cargas variadas como de castanha e eletrônicos. Mais de 20 pessoas pertencentes a organização criminosa já foram identificadas”, explicou o delegado Murilo Gonçalves de Almeida. 

O grupo, responsável por furtar ao menos duas cargas de tecido e eletrônicos – avaliadas em R$ 2,1 milhões -, em São Paulo, teria adquirido ao menos outras cinco cargas roubadas e/ou furtadas do estado paulista, de acordo com o delegado. Os produtos eram armazenados em galpões de Goiânia e, então, vendidos no atacado e no varejo, inclusive, por meio da internet.

A fim de camuflar o crime, os investigados contavam com uma vasta e complexa estrutura logística destinada ao armazenamento, adulteração de etiquetas e embalagens, transporte e falsificação de notas fiscais. Os núcleos se concentravam em Goiás, São Paulo e Pernambuco.

“Se concentravam em Goiânia, mas tem pessoas de fora. Tem gente de São Paulo que organizava os roubos ou os furtos. Há pessoas de Pernambuco que organizavam notas fiscais falsas. Acreditamos que deve ter gente de outras regiões ainda”, afirma Murilo.

Segundo o delegado, os suspeitos são investigados por furto e receptação, além de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A operação contou com o apoio da Delegacia de Polícia Civil de Ceres, além da corregedoria da PM.

O Jornal Opção entrou em contato com a PM para que se posicionasse sobre o mandado cumprido contra o militar e aguarda retorno.

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