Parlamentares do RJ se unem a trabalhadores na luta contra a escala 6×1

Um encontro no Sindicato dos Comerciários do Rio de Janeiro (SEC) marcou, nesta segunda-feira (10), a adesão de parlamentares à luta dos trabalhadores contra a escala 6×1. As deputadas federais Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ), a deputada estadual Lilian Behring (PCdoB-RJ) e os vereadores cariocas Leonel de Esquerda (PT) e Maíra do MST (PT) participaram da atividade.

Segundo Márcio Ayer, presidente do SEC e anfitrião do ato, a mobilização dos trabalhadores vai se intensificar em 2025. Na Câmara Federal, o tema da redução da jornada voltou ao centro do debate com dois projetos: uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) e um projeto de lei de autoria da deputada Daiana Santos (PCdoB-RS).

“A luta para reduzir a jornada é histórica”, disse Márcio. “É hora de ganhar mais trabalhadores e mais categorias para esta pauta, para que a gente chegue ao Congresso Nacional com forte apoio”, afirmou o anfitrião Márcio Ayer, presidente do SEC. Em sua opinião, o “plebiscito popular” sobre a escala 6×1, proposto na semana passada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo, pode estimular ainda mais o envolvimento dos brasileiros nessa batalha.

Jandira Feghali afirmou que jornadas abusivas são evidências da exploração do trabalho no Brasil. De acordo com a deputada, o problema atinge trabalhadores formais e informais, elevando a precarização. “A redução da jornada é decisiva e fundamental. Nos países onde a jornada é baixa, as pessoas trabalham e produzem melhor, sem prejudicar o crescimento”, declarou.

A deputada sugeriu que os trabalhadores “não percam tempo” com a bancada de esquerda no Congresso, porque “essa já está ganha” para a causa. “Vocês têm de ganhar as bancadas do centro, do Centrão, porque precisamos de 308 votos (para aprovar a PEC). Para isso, vamos mapear, organizar e conversar com esses deputados.”

Rejane, por sua vez, afirmou que a luta contra a escala 6×1 é uma “disputa entre capital e trabalho”, na qual o movimento sindical não vai vencer se ficar “atrás da mesa”, sem contato com o povo. “É organizando a base e botando a cara na rua. É assim que a gente faz”, afirmou a parlamentar.

Conforme Lilian Behring, que também é enfermeira, a escala 6×1 vai “matar pessoas”, tamanha a exaustão com o trabalho. Essa realidade, porém, é comum entre os profissionais da Enfermagem no estado do Rio de Janeiro, afirmou a deputada. “Nós vamos lutar com toda nossa força para garantir a sobrevivência da sociedade.”

Além do SEC, o ato foi organizado pelo Sindicato dos Comerciários de Nova Iguaçu (RJ). Juntas, as entidades representam cerca de 350 mil trabalhadores do comércio em cidades da região metropolitana (Rio, Miguel Pereira e Paty de Alferes) e da Baixada Fluminense (Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Paracambi, Belford Roxo, Queimados, Japeri, Itaguaí e Seropédica).

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