Com 0,16%, inflação de janeiro é a menor para o mês desde 1994

A inflação do Brasil ficou em 0,16% no mês de janeiro, o menor resultado para o mês desde 1994. Com este valor, o índice de inflação recuou 0,36% em relação a dezembro (0,52%). No acumulado de 12 meses a inflação está em 4,56% – o teto superior de tolerância da meta de inflação é 4,5%.

As informações sobre o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram divulgadas nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a desaceleração do IPCA os preços subiram em menor velocidade em janeiro. De acordo com Fernando Gonçalves, gerente do IPCA do IBGE, este recuo, que representa o melhor resultado para o mês desde antes de o Plano Real iniciar em julho de 1994, é consequência do desconto da energia elétrica, o Bônus Itaipu (saldo positivo na Conta de Comercialização de Energia Elétrica da Itaipu Binacional que volta em forma de desconto para unidades que tiveram consumo inferior a 350 quilowatts-hora (kWh) em algum mês de 2023).

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Assim, o IPCA de janeiro contou com este impacto da energia elétrica residencial que apresentou recuo na sua medição de 14,21%, o que deixou a energia mais barata. O índice neste quesito representou impacto negativo de -0,55% sobre o IPCA.

A energia elétrica residencial faz parte da análise do grupo da Habitação, que teve redução de 3,08% e impacto de -0,46% no IPCA de janeiro.

O resultado geral da inflação também é considerado o menor desde agosto de 2024, quando houve deflação de -0,02%.

Alimentos e transportes

Ainda que a inflação tenha desacelerado de forma geral, no que diz respeito à alimentação e transportes os preços subiram.

A inflação dos alimentos tem representado um grande desafio para o governo Lula. O presidente tem defendido a redução de alíquotas dos produtos para baixar os preços dos alimentos.

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De acordo com o IBGE, alimentos e bebidas tiveram alta de 0,96%. Este é o quinto aumento seguido desde agosto (– 0,44%), quando os alimentos ficaram mais baratos. Depois a inflação só cresceu: Setembro (0,50%), Outubro (1,06%), Novembro (1,55%), Dezembro (1,18%) e agora Janeiro (0,96%).

Entre os alimentos com maior elevação estão:

  • café moído, aumento de 8,56% e impacto de 0,04% na inflação dos alimentos;
  • tomate, aumento de 20,27% e impacto de 0,04%;
  • cenoura, aumento de 36,14% e impacto de 0,02%.

Na outra ponta, os preços da batata-inglesa (-9,12%) e do leite longa vida (-1,53%) retrocederam.

Já os transportes tiveram aumento de 1,3% e impacto de 0,27% sobre o IPCA de janeiro. A influência neste aumento teve como origem a alta nas passagens aéreas de 10,42% e nos ônibus urbanos 3,84%.

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