Mabel lança novo plano de Mobilidade e fala na ‘metronização’ do transporte e instalação de 10 corredores prioritários

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), lançou o Plano Nova Mobilidade, que visa modernizar o trânsito da capital. O projeto apresentado por Mabel envolve uma série de medidas para tonar o trânsito mais eficaz na cidade. Além disso, o plano busca trazer fluidez ao transporte público da capital.

“Teremos um estacionamento rotativo digital com a abertura de 6 mil vagas iniciais, começando pelo Centro e Campinas, chegando a 18 mil vagas. Objetivo é dar uma condição de estacionamento melhor e impulsionar o comércio nessas regiões”, disse Mabel. Para reforçar a segurança no município, o prefeito detalhou que Goiânia terá uma muralha digital com uma central de controle de radares e câmeras. “Uma rede cercando a cidade com acesso para todas as forças policiais em uma rede única”, adiantou.

O secretário de Trânsito de Goiânia, Tarcísio de Abreu, afirmou que o decreto apresentado por Mabel é baseado no tripé trânsito, transporte e mobilidade ativa. “Uma nova etapa para a cidade, uma nova mobilidade e um programa de desobstrução de vias arteriais. Isso tudo faz parte do planejamento do nosso prefeito Sandro Mabel que estamos realizando”, disse.

Tarcísio afirmou, também, que as ações propostas no plano irão garantir ais fluidez no trânsito, associado à priorização e melhoria do transporte público coletivo, com atenção especial à segurança dos motociclistas, ciclistas e pedestres.

O documento assinado por Mabel revoga o decreto nº 2.534, de 2 de julho de 2024 e a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) terá o prazo de 180 dias a partir da publicação do documento para atualizar o plano de mobilidade urbana. O plano deve ser implementado nos primeiros 100 dias de gestão.

O programa

O projeto busca reduzir congestionamentos, conflitos no trânsito e tempo de deslocamento da população; tornar o transporte coletivo atrativo, com ênfase na acessibilidade, pontualidade, regularidade e eficiência dos serviços; promoção de melhoria e acessibilidade das calçadas, ampliação da malha de ciclovias e ciclofaixas e incentivo à mobilidade ativa, com bicicletas públicas compartilhadas integradas ao transporte público coletivo.

Além disso, o programa prevê a restrição de estacionamento em áreas críticas, regulação de carga e descarga, ajustes geométricos em cruzamentos, melhoria na sinalização horizontal e vertical, criação de uma Central Integrada de Trânsito e Transporte (CITT) para coordenar operações de tráfego e transporte.

Outro ponto citado no documento é o processo de reestruturação do sistema de transporte coletivo, estão sendo implementadas também fontes de dados (data lake) para armazenar informações, sistemas de AVL (Automatic Vehicle Location), bilhetagem eletrônica, câmeras de monitoramento (ônibus, terminais e estações), semáforos e dados de telemetria. Essa base de dados permitirá a análise integrada e fundamentada da operação de trânsito e do transporte público em tempo real.

A proposta também busca desobstruir vias arteriais e tem como foco inicial 10 vias: Avenida Jamel Cecílio/Avenida 136, Corredores do Sistema BRT Norte-Sul e Leste-Oeste, Avenida 24 de Outubro, Avenida Independência, Avenida Castelo Branco, Avenida Mangalô, 5ª Avenida, Avenida São Francisco, Avenida 85, e Avenida T-10.

A expectativa é de que a iniciativa promova aumento na velocidade média do transporte coletivo, ou seja, para que usuários consigam se deslocar de forma mais eficiente. O trabalho para a desobstrução das vias envolve engenharia de tráfego e de operação e fiscalização do trânsito veicular com revisão de tempos semafóricos, sinalização de conversão livre à direita, restrição de estacionamentos e operações de carga, implantação de faixas exclusivas para transporte público, sinalização aprimorada para reduzir pontos de conflito, restrição de alocação de equipamentos (caçambas, tachões, betoneiras etc.) nas vias, ampliação do número de faixas de tráfego, dentre outras ações.

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