Motorista vai a júri por morte de ciclista em Camburi

Luíza Lopes (destaque) foi atropelada na Avenida Dante Michelini

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A corretora Adriana Felisberto Pereira – acusada de atropelar e matar a estudante de Oceanografia e passista da Unidos de Jucutuquara Luísa Lopes – vai a julgamento pelo Tribunal do Júri. O fato aconteceu no dia 15 de abril de 2022, na Avenida Dante Michelini, na altura de Camburi, em Vitória. Após o atropelamento, houve a suspeita de que a motorista estivesse com sinais de embriaguez. Na época, o delegado responsável pelo caso representou pela prisão preventiva da indiciada e pela suspensão do seu direito de dirigir. De acordo com o Inquérito Policial, Adriana, após ingerir remédio de uso controlado e bebida alcoólica, assumiu a direção do veículo e, no momento em que trafegava pela Avenida Dante Micheline, em excesso de velocidade, colidiu contra a bicicleta conduzida pela vítima, que foi projetada contra o veículo, lançada para o alto e, na sequência, projetada contra a via, vindo a óbito.O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vitória, informou que denunciou a ré do caso em questão pelos crimes de homicídio qualificado – com as qualificadoras de perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima – e embriaguez ao volante. Por nota, o MPES informou também que a Justiça pronunciou a ré e que ela vai a julgamento pelo Tribunal do Júri, mas ainda cabe recurso da decisão. O caso tramita sob sigilo e por isso outros detalhes não foram divulgados.RELEMBRELuísa Lopes morreu após ser atingida por um carro na orla da Praia de Camburi, em Vitória, por volta das 21h de sexta-feira (15). A vítima estava de bicicleta e foi atingida por um Chevrolet Onix branco na avenida Dante Michelini, próximo ao Clube dos Oficiais da Polícia Militar. Moradores e frequentadores da orla prestaram os primeiros socorros à mulher atingida pelo carro. Uma equipe do Samu-192 ainda prestou os primeiros socorros à vítima, que acabou não resistindo aos ferimentos, principalmente na cabeça.De acordo com agentes da Guarda de Trânsito, duas mulheres estavam no carro que atropelou a ciclista. As duas prestaram as primeiras informações à Guarda e à Polícia Militar, que também foi acionada e esteve no local com a Radiopatrulha 4809 da 12ª Cia. Independente. De acordo com as informações do boletim de ocorrência do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, os peritos da Polícia Civil informaram que a ciclista foi arrastada sobre o teto e a biciclista foi arremessada a uma distância de 21 metros do local onde o carro estava parado.Em nota, a Polícia Militar informou que foi oferecido o teste do bafômetro à condutora do veículo, porém ela se recusou a fazer. “Como a mulher estava com fala alterada, odor etílico, sonolência e dispersão, os militares confeccionaram o laudo de constatação psicomotora”, explica a nota. Segundo informações, a condutora do veículo, juntamente com sua irmã, estavam se deslocando sentido Praia do Canto x Jardim Camburi,  pela Avenida Dante Micheline após saírem de um bar na Praia do Canto. Já a ciclista, estava na ciclovia atravessando a via sentido ao bairro Jardim da Penha. A carteira de motorista da condutora foi recolhida e ela conduzida até a 1ª Delegacia Regional de Vitória, onde o caso foi registrado. SINAL ESTAVA VERDEApós a divulgação das imagens do acidente que matou a estudante de Oceanografia e passista da Unidos de Jucutuquara, Luísa Lopes, de 24 anos, a prefeitura de Vitória emitiu uma nota dizendo que a ciclista atravessou a Avenida Dante Michelini fora da faixa de pedestres. Luísa foi atingida pelo carro conduzido pela corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, na noite da última sexta-feira (15).Ainda segundo a prefeitura, as imagens – que são estão sendo analisadas pela Perícia Criminal – mostram que a ciclista estava no canteiro central e atravessou, para o calçadão, fora da faixa de pedestres. Ela acabou atingida e morreu momentos depois. Não foi detectado um segundo veículo envolvido no caso.Outro ponto analisado é que o semáforo estava “verde” para a passagem de veículos, sendo permitido para que o veículo seguisse no sentido Jardim Camburi.MOTORISTA INGERIU BEBIDA ALCÓOLICAA Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT) pediu a prisão preventiva da motorista que atropelou e matou a ciclista Luísa da Silva Lopes, de 24 anos. De acordo com a polícia, a corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33, bebeu cerveja e vodca em um bar antes do acidente.Segundo a polícia, a motorista do veículo que atropelou Luisa foi indiciada pelo crime de homicídio doloso duplamente qualificado, por perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima na modalidade de dolo eventual, evidenciado principalmente pelo estado de embriaguez, velocidade e indiferença da indiciada com os fatos.O delegado responsável pelo caso representou pela prisão preventiva da indiciada e pela suspensão do seu direito de dirigir. De acordo com o Inquérito Policial, Adriana, após ingerir remédio de uso controlado e bebida alcoólica, assumiu a direção do veículo e, no momento em que trafegava pela Avenida Dante Micheline, em excesso de velocidade, colidiu contra a bicicleta conduzida pela vítima, que foi projetada contra o veículo, lançada para o alto e, na sequência, projetada contra a via, vindo a óbito.Durante a investigação, foram ouvidas testemunhas, além de analisados documentos e imagens de vídeo monitoramento, reproduzindo a sequência de fatos daquela noite.Os investigadores apuraram que a corretora de imóveis esteve em um restaurante localizado no bairro Jardim Camburi, em Vitória, onde consumiu cerveja. Na sequência, assumiu a direção do veículo e se dirigiu a um bar no bairro Praia do Canto, onde bebeu cerveja e vodca. “Analisando as imagens de vídeo monitoramento do segundo estabelecimento, a Polícia Civil constatou que, apenas neste local, a motorista ingeriu 23 goles de cerveja, adquirida por ela, e 20 goles de vodca, fornecida por outro cliente do bar para ela. Ao sair do estabelecimento, ela assumiu novamente a direção do veículo e, na Avenida Dante Micheline, cometeu o crime”, informou a Polícia Civil. 

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