Lula exonera ministros para que eles votem nas eleições da Câmara e do Senado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 10 ministros com mandatos parlamentares para que eles participem, amanhã, das eleições das cúpulas da Câmara dos Deputados e do Senado.

Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP) são os favoritos para assumirem pelos próximos dois anos as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente.

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Assinadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as exonerações dos ministros foram publicadas na edição de hoje do “Diário Oficial da União”, válidas a partir do sábado.

Nos atos, consta que os ministros foram exonerados “a pedido”, quando a autoridade solicita a saída. O acordo com Lula é que os ministros retornem aos cargos na próxima semana.

Senado:

·      Carlos Fávaro (PSD-MT) – Agricultura

·      Wellington Dias (PT-PI) – Desenvolvimento Social

·      Camilo Santana (PT-CE) – Educação

Câmara dos Deputados

·      Alexandre Padilha (PT-SP) – Relações Institucionais

·      Juscelino Filho (União-MA) – Comunicações

·      Paulo Teixeira (PT-SP) – Desenvolvimento Agrário

·      André Fufuca (PP-MA) – Esportes

·      Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) – Portos e Aeroportos

·      Celso Sabino (União-PA) – Turismo

·      Luiz Marinho (PT-SP) – Trabalho

Três ministros não vão votar

Lula não exonerou as ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas), que são deputadas, e o ministro Renan Filho (Transportes), que é senador.

Segundo sua assessoria, Renan Filho optou por não deixar o cargo porque já tinha compromisso familiar agendado.

No caso de Marina e Guajajara, a GloboNews apurou que a decisão de não exonerar as duas ministras foi acordada com Lula. O presidente queria evitar as manchetes dizendo que algum ministro seu votou contra a orientação do governo – o Planalto fechou apoio a Motta e Alcolumbre.

Sônia é filiada ao PSOL, e Marina, à Rede. O PSOL tem um candidato próprio, o deputado Pastor Henrique Vieira (RJ). Já a Rede, que tem um único deputado na Casa – Tulio Gadelha (PE) – apoia Motta.

O problema é que PSOL e Rede formam uma federação. Caso Marina votasse em Motta, isso poderia gerar um constrangimento entre as duas siglas que estão federadas.

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