AgroGalaxy (AGXY3): ‘Somos muito mais uma revenda e vamos priorizar mix de maior valor agregado’, diz CEO após prejuízo no 3T24

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O CEO reforçou, durante teleconferência, que a AgroGalaxy deve diminuir suas vendas de fertilizantes, já que elas impactam o capital de giro. (Foto: Divulgação)

Agrogalaxy (AGXY3), que está em recuperação judicial, divulgou na noite de ontem um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,578 bilhão no terceiro trimestre de 2024 (3T24), primeiro balanço da companhia após o pedido de RJ.

Na manhã desta terça (21), a companhia realizou sua teleconferência de resultados. Eron Martins, CEO da AgroGalaxy, reforçou oito aspectos que afetaram a companhia e o setor nos últimos 2 anos, entre eles:

  • Queda do mercado de insumos agrícolas
  • Custo elevado estoques
  • Diminuição da margem de produtos
  • Alto índice de inadimplência
  • Preços das commodities 
  • Restrições ao crédito e altas taxas de juros
  • Elevados índices de alavancagem de produtores agrícolas
  • Condições climáticas adversas 

“Vimos um produtor em 19/20 e 20/21 com margens de 30% para o milho e soja em 34%. Já nestes últimos anos, vimos margens no milho em 2% e até rentabilidade negativa na soja. Com isso, precisamos fazer nossa lição de casa. Vamos priorizar um mix de maior valor agregado, como sementes, defensivos agrícolas e especialidades, tirando um pouco o pé dos fertilizantes, que tem um impacto grande no capital de giro de uma revenda”, que explicou que a AgroGalaxy é muito mais uma revenda hoje. 

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Martins reforça que houve uma simplificação dos negócios, mas reforçou que a companhia quer continuar tendo um volume saudável de estoques. “Queremos ter estoques que não façam com que a gente fique exposto às volatilidades do mercado”, pontua. 

A visão do novo CFO 

Luiz Conrado dos Santos Carvalho Sundfeld, CFO e diretor de relações com investidores, que assumiu o cargo em dezembro do ano passado, explicou que o adiamento dos números do 3T24 se deu por conta de uma auditoria mais extensiva do balanço, muito por conta do pedido de recuperação judicial.

Conrado reforça que houve um atraso na aquisição de insumos por parte do produtor rural, o que explica a queda de R$ 570,4 milhões para os insumos no 3T24.

Entretanto, houve uma forte queda na margem bruta ajustada de insumos da companhia, que saiu de 18,2% no 3T23 para -18,9% no 3T24, que segundo ele, ocorreu pela interrupção de fornecimento pelo pedido de recuperação, e que resultou em multas e penalidades. 

Um dos grandes destaques negativos ficou por conta do Ebitda Ajustado que saiu de R$ 74,4 milhões no 3T23 para um prejuízo de R$ 247,7 sem efeito da RJ e R$ 990 milhões com os efeitos da RJ, que somados, totalizam uma queda de R$ 1,237 bilhão no terceiro trimestre de 2024.

A estrutura da AgroGalaxy, a linha do tempo da recuperação judicial e as projeções da companhia

A teleconferência completa ficará disponível no site da AgroGalaxy ainda hoje. 

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