Mark Zuckerberg, dono da Meta: “Empresas precisam de mais energia masculina”

Zuckerberg contou que cresceu com três irmãs e tem três filhas, e deseja que as mulheres tenham sucesso nas empresas

|  Foto:
Divulgação/Nvidia

O CEO do Facebook e do Instagram, Mark Zuckerberg, lamentou o surgimento de empresas “culturalmente neutras”, e que se distanciaram da “energia masculina”. O executivo acrescentou ainda que é bom quando uma cultura “celebra um pouco mais a agressividade”.“A energia masculina, eu acho que é boa, e obviamente a sociedade tem bastante dissociada, mas acho que a cultura corporativa realmente estava tentando se afastar disso. A cultura corporativa meio que se tornou algo mais neutro”, disse Zuckerberg em um podcast, na sexta-feira à noite.Zuckerberg, que começou sua carreira avaliando a atratividade de mulheres na Universidade de Harvard (antes do Facebook, Mark criou um site chamado FaceMash onde os usuários podiam comparar fotos de mulheres e votar no que mais lhe atraía), revelou que cresceu com três irmãs e tem três filhas, e deseja que as mulheres tenham sucesso nas empresas.“Se você é uma mulher entrando em uma empresa, provavelmente sente que é um ambiente muito masculino. Falta (às elas) a energia que você talvez tenha naturalmente”, disse ele a Joe Rogan, considerado o apresentador do podcast mais popular do mundo, que tem 19 milhões de inscritos no YouTube e 15 milhões no Spotify.“Queremos que as mulheres possam ter sucesso e que as empresas aproveitem todo o potencial de grandes profissionais, independentemente de sua origem ou gênero”, completou, no podcast The Joe Rogan Experience.PolíticasO episódio do podcast com Zuckerberg foi lançado poucos dias após a Meta flexibilizar suas políticas de moderação de conteúdo no Instagram e no Facebook, permitindo mais tolerância a críticas contra imigrantes, pessoas transgênero e não binárias, além de declarações excludentes estabelecidas no sexo ou gênero.Na terça-feira, a Meta também anunciou o fim da verificação de fatos por terceiros nos EUA e, na sexta-feira, afirmou ter encerrado muitos de seus esforços internos de treinamento e contratados focados em aumentar a diversidade na força de trabalho.Zuckerberg critica BidenDesde as eleições nos EUA, Mark Zuckerberg tem buscado se alinhar ao presidente eleito Donald Trump, doando para seu fundo inaugural, nomeando um importante apoiador para o conselho da Meta e, mais recentemente, alterando as políticas de conteúdo de suas plataformas.Zuckerberg criticou o governo Joe Biden durante entrevista, alegando que funcionários da Casa Branca “gritavam” e “xingavam” os funcionários da Meta durante discussões sobre moderação de conteúdo relacionado à covid-19 durante a pandemia.Ele acrescentou que o governo ultrapassou os limites ao solicitar a remoção de publicações, incluindo sátiras, o que teria gerado desconfiança entre os eleitores. O dono da Meta já havia feito essas reclamações em uma carta ao Congresso, em agosto. “O governo dos EUA deveria defender suas empresas, não ser a ponta da lança atacando-as”. Recentemente, Zuckerberg reposicionou sua empresa para ser mais favorável a Trump, tendo jantado com ele em Mar-a-Lago, clube de Trump na Flórida.Já Biden, em coletiva de imprensa na Casa Branca, expressou descontentamento com as decisões recentes da Meta.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.