Saiba quanto Virgínia, Carlinhos Maia e Neymar recebem para divulgar casas de apostas

Com o crescimento de casas de apostas, influenciadores vem sendo cada vez mais procurados para fazer a divulgação. Essas casas, que foram legalizadas no Brasil, causaram uma verdadeira epidemia no Brasil e causaram uma série de operações policiais que desarticularam esquemas de lavagem de dinheiro. Entre as operações está a Integration, que chegou a investigar a influenciadora Deolane Bezerra e o cantor Gusttavo Lima.

No último sábado, 4, a revista Piauí publicou reportagem que revela valores recebidos por influenciadores como Virgínia Fonseca, Carlinhos Maia, Gkay, Maya Massafera e até celebridades como Cauã Reymond e Neymar, para divulgar as plataformas.

De acordo com a reportagem, Virgínia Fonseca recebe o que é chamado de “cachê da desgraça”, ou seja, a influenciadora recebe 30% do valor perdido pelos usuários que apostam na plataforma. Em 2022, Virgínia recebeu um adiantamento de R$ 50 milhões.

Por conta de seus 52 milhões de seguidores no Instagram, a influenciadora atraiu 120 mil novos apostadores com apenas um story. Ela possui contrato anual de R$ 29 milhões com a Blaze.

Neymar, por sua vez, é o rosto da Blaze. O contrato anual do jogador é estimado em R$ 100 milhões. O pai do jogador recebeu R$ 4,5 milhões apenas para intermediar um acordo entre a plataforma e o Santos.

Segundo a publicação, influenciadores como Gkay, que recebe R$ 1,4 milhão por mês; Carlinhos Maia, que recebe R$ 40 milhões por ano e Cauã Reymond, que possui contrato de R$ 22 milhões com a BateuBet, são outros famosos que recebem cachês consideráveis.

Âncora da economia

Em setembro, o Banco Central (BC) publicou um estudo técnico sobre o mercado de jogos e apostas. Segundo a análise, os brasileiros transferem entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões por mês para as “bets”. Isso significa 15% de todo o faturamento anual do comércio brasileiro deste ano. A questão foi considerada grave o suficiente para provocar reuniões entre empresários e governo, e causar a declaração do ministro da Fazenda Fernando Haddad, que cobrou impostos “como os do cigarro” para o setor e reclamou da demora de sua regulamentação definitiva.

Desde então, se desenha no debate público a tese de que as bets desviando recursos do consumo são responsáveis pela sensação de estagnação econômica, apesar da melhora dos indicadores. Afinal, apenas os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em apostas em agosto, o que foi equivalente a 14% do total de repasses do programa naquele mês. Na prática, o governo tem transferido recursos públicos para o mercado das apostas, ainda isento de impostos.

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