Ratos gigantes africanos são testados para detectar contrabando de animais

Ratos gigantes africanos foram treinados para reconhecer o cheiro de partes ilegais de animais, como presas de elefante, chifres de rinoceronte e escamas de pangolim. Os roedores já foram usados para detectar explosivos e tuberculose, mas um novo estudo científico provou que eles são bem-sucedidos na detecção de artigos ilícitos contrabandeados.

Dezesseis ratos foram treinados para detectar produtos da vida selvagem dentro de contêineres. A fase de prova de princípio os viu identificar itens de vida selvagem comumente traficados enquanto trabalhavam em um ambiente de laboratório controlado.

Foi provado que os ratos podiam ser treinados para detectar itens como escamas de pangolim e madeira africana ameaçada, mesmo quando escondidos entre outros “itens fedorentos” usados por contrabandistas para esconder sua presença.

Os roedores aprenderam rapidamente a usar um colete e acionar um microinterruptor eletrônico para indicar remotamente quando localizaram um alvo de vida selvagem enquanto trabalhavam em um ambiente portuário simulado.

Ao encontrar itens, eles foram recompensados com uma seringa de comida carregada com abacate, banana e pellets de ração triturados.

Toda a pesquisa foi conduzida na Sede de Treinamento e Pesquisa da APOPO em Morogoro, Tanzânia.

Os pesquisadores disseram: “Os ratos têm baixos custos de treinamento e manutenção, trabalham de forma flexível com vários manipuladores, têm uma longa vida útil e um olfato sofisticado. Seu tamanho pequeno também oferece recursos exclusivos para a triagem de contêineres, como a capacidade de navegar em áreas densamente compactadas ou ser levantado para avaliar o conteúdo de contêineres selados por sistemas de ventilação de triagem.

O relatório de pesquisa diz que os ratos agora podem ser avaliados quanto à viabilidade operacional de serem implantados nos portos.

O estudo “Ratting on wildlife crime: training African giant pouched rats to detect illegally trafficked wildlife” foi publicado na Frontiers in Conservation Science.

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