Ibovespa encerra primeiro pregão em tom negativo, com desempenho puxado por NY; dólar cai a R$ 6,16

Queda Ibovespa

O Ibovespa iniciou 2025 em tom negativo, com as incertezas persistentes do ano anterior; baixa liquidez e desempenho negativo de Wall Street também pesaram sobre o índice (Imagem: Pixabay)

O Ibovespa (IBOV) deu a largada em 2025 em tom positivo em meio à baixa liquidez e com os investidores calibrando as posições de olho no cenário fiscal e no exterior.

Nesta quinta-feira (2), o principal índice da bolsa brasileira terminou a primeira sessão do ano com baixa de 0,13%, aos 120.125,39 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 6,1625 (-0,29%).

No cenário doméstico, as incertezas sobre as contas públicas e a trajetória da dívida continuaram a drenar o risco dos investidores.

O novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também ficou no radar. Ele já disse que é “bem apegado” aos guidances do BC e que existe “barra alta” para uma decisão diferente do sinalizado pela autoridade monetária.

Na reta final do pregão, os operadores colocavam 28% de chance de o BC seguir sua orientação e elevar a taxa de juros em 1 ponto percentual na reunião deste mês, contra 72% de probabilidade de um aumento de 1,25 ponto.

Em sessões recentes, as apostas estiveram divididas entre altas de 1,25 e 1,5 ponto percentual, ou seja, com 100% de chance de a autarquia fazer um movimento maior que seu guidance.

Altas e quedas da bolsa

Entre os ativos negociados na B3, as ações da Aeris (AERI3) chegaram a subir mais de 32% com a expectativa de venda da participação da companhia para a empresa chinesa Sinoma Blade — que deve dar uma resposta aos controladores até o próximo dia 4.

Os papéis da Gol (GOLL4) também despontaram entre as maiores altas da bolsa após a companhia aérea firmar um acordo sobre a dívida da empresa e suas subsidiárias no Brasil.

No Ibovespa, CVC (CVCB3) liderou a ponta positiva em meio ao alívio na curva de juros. Já a ponta negativa foi liderada por Eneva (ENEV3), pressionada pela portaria do Ministério de Minas e Energia (MME) com regras de um leilão de capacidade para térmicas e hidrelétricas — que deve retirar a companhia do certame.

Entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) fechou em baixa com a fraqueza do minério de ferro. As perdas foram limitadas pela notícia de que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a União estabeleceram as bases gerais para a repactuação das concessões das ferrovia.

Petrobras (PETR4;PETR3) subiu mais de 2% com apoio do desempenho do petróleo. A estatal confirmou um acordo com a Prio (PRIO3) para o uso da infraestrutura de gás natural.

A petroleira junior deve utilizar o Sistema Integrado de Escoamento de gás natural da Bacia de Campos e a Unidade de Tratamento de Gás de Cabuínas da Petrobras para escoar e processar o gás natural proveniente dos campos de Frade e Albacora Leste.

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Exterior 

Nos Estados Unidos, os investidores começaram o ano reagindo a dados econômicos.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 9.000, para 211.000 com ajuste sazonal, na semana encerrada em 28 de dezembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 222.000 pedidos para a última semana.

Os investidores também voltaram a se posicionar para o início do governo de Donald Trump, com expectativas de acirramento de guerras comerciais devido às promessas de tarifas pelo republicano.

O mercado espera a continuidade de juros elevados nos EUA por mais tempo. Na última reunião, o Federal Reserve (Fed) sinalizou apenas dois cortes de juros, de 0,25 pontos percentuais cada, ao longo de 2025.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: -1,07%, aos 5.906,94 pontos;
  • Dow Jones: -0,97%%, aos 42.573,73 pontos;
  • Nasdaq: -1,19%, aos 19486,78 pontos.

++ Notícias

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