Mediadores querem fechar acordo de trégua em Gaza antes da posse de Trump

Egito e Catar, que atuam como mediadores entre o grupo islâmico palestino Hamas e Israel, estão trabalhando para concluir um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza antes da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, marcada para 20 de janeiro. A informação foi divulgada por fontes de segurança egípcias à Agência EFE.

Um responsável da segurança egípcia, que preferiu não se identificar, revelou que, apesar de divergências ainda existentes, o objetivo das partes envolvidas é fechar um acordo nas próximas três semanas. O processo, porém, enfrenta resistência de Israel, que estaria tentando atrasar as tratativas.

Segundo a mesma fonte, as negociações continuam de forma intensa tanto no Cairo quanto em Doha. Contudo, persistem obstáculos ligados a um possível acordo de troca de reféns israelenses e prisioneiros palestinos.

“Ainda há a possibilidade de se chegar a um acordo, mas também é possível que não haja consenso devido à posição de Israel”, destacou a fonte. O Hamas, por sua vez, estaria disposto a avançar, embora ainda não tenha fornecido a lista completa dos israelenses sequestrados.

Prazo apertado e pressão política

De acordo com a fonte, dentro de uma semana será possível determinar se o acordo será alcançado ou não. O contexto, no entanto, é de crescente pressão internacional. Desde que venceu a eleição presidencial em 5 de novembro, Donald Trump tem aumentado a pressão sobre o Hamas. Ele alertou que a organização enfrentará graves consequências se não liberar os reféns israelenses antes de sua posse.

Trump também enviou seu enviado regional, Steve Witkoff, a Israel e ao Catar, em um esforço para acelerar a busca por um cessar-fogo antes mesmo de assumir o cargo.