Dólar cai a R$ 6,16 na primeira sessão do ano em meio à baixa liquidez

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O dólar à vista perdeu força com o avanço das commodities, apesar da continuidade das incertezas sobre o cenário fiscal doméstico (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O dólar à vista (USDBRL) iniciou o ano perdendo força ante moedas emergentes, depois da valorização de quase 30% no acumulado de 2024.

Na comparação com o real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 6,1625 (-0,29%).

O desempenho destoou a tendência vista no exterior. O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, atingiu a máxima em dois anos durante a sessão na expectativa dos mercados pelo início do governo de Donald Trump. O índice encerrou as negociações com avanço de 0,87%, aos 109,365 pontos.

O republicano eleito assume a presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20. 

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O que mexeu com o dólar hoje?

No cenário doméstico, a moeda norte-americana superou a marca de R$ 6,20 na primeira parte da sessão, com os investidores realizando suas apostas iniciais para o ano de olho no cenário fiscal brasileiro e nas perspectivas para a economia global.

Apesar de o Congresso ter encerrado o ano parlamentar com a aprovação de uma série de medidas de contenção de gastos apresentadas pelo Executivo, o mercado tem avaliado que são precisos mais projetos para controlar a trajetória da dívida pública.

Entre os destaques do dia, o Banco Central informou que o país um fluxo cambial total negativo de US$ 24,314 bilhões em dezembro até dia 27.

No exterior, os investidores reagiram a novos dados econômicos nos Estados Unidos.

O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu de forma inesperada na semana passada, apontando para baixas demissões no final de 2024.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 9.000, para 211.000 com ajuste sazonal, na semana encerrada em 28 de dezembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 222.000 pedidos para a última semana.

Os mercados também começaram a se posicionar para o início do governo de Donald Trump, com expectativas de acirramento de guerras comerciais devido às promessas de tarifas pelo republicano.

Além disso, os investidores esperam a continuidade de juros elevados nos EUA por mais tempo. Na última reunião, o Federal Reserve (Fed) sinalizou apenas dois cortes de juros, de 0,25 pontos percentuais, ao longo de 2025.

Quanto maior os juros, melhor para o dólar, que se torna comparativamente mais atrativo à medida que os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, os Treasuries — considerados um dos ativos mais seguros do mundo — valorizam, reduzindo apetite por risco em outros mercados, principalmente os emergentes. 

*Com informações de Reuters 

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