Saiba quem são os 4 políticos que denunciaram esquema de emendas bilionárias em Brasília

A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação sobre a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, após declarações de quatro políticos que levantaram suspeitas sobre o processo. O inquérito foi aberto depois que o Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Flávio Dino, bloqueou o valor, com o objetivo de garantir mais transparência na destinação desses recursos. A apuração visa investigar possíveis irregularidades na escolha e execução das emendas, que envolvem parlamentares de diferentes partidos.

As críticas que motivaram a decisão do STF partiram dos deputados Adriana Ventura (Novo-SP), José Rocha (União-BA), Glauber Braga (PSol-RJ) e do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG). Os parlamentares questionaram a forma como as emendas foram alocadas, alegando que as comissões temáticas do Congresso não tiveram participação nas escolhas dos recursos. Em suas falas, indicaram que o processo carecia de transparência, o que gerou desconfiança sobre a legalidade e a legitimidade da distribuição dos valores.

O bloqueio das emendas foi baseado nas declarações de Adriana Ventura e José Rocha, que afirmaram que os parlamentares das comissões temáticas não foram consultados sobre a destinação das emendas, mesmo após as reuniões dessas comissões terem sido suspensas na última semana de votação. O próprio ministro Flávio Dino, ao justificar sua decisão, se referiu a essas alegações, o que levantou ainda mais dúvidas sobre o cumprimento das normas que regem a alocação de recursos públicos.

Em complemento, o deputado Glauber Braga ingressou com um mandado de segurança no STF, argumentando que a destinação das emendas sem a devida aprovação formal pelas comissões parlamentares violava o processo legal e prejudicava a transparência nas transferências orçamentárias. Segundo Braga, a falta de formalização contraria decisões anteriores da Corte, que exigem rastreabilidade nos processos de alocação de recursos.

O senador Cleitinho Azevedo, por sua vez, sugeriu a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o assunto. Em um discurso no Senado, Azevedo destacou a falta de transparência na distribuição das emendas e indicou a possibilidade de intermediários estarem envolvidos na liberação dos recursos. Ele também pediu que a PF investigasse os possíveis desvios de dinheiro público.

A decisão do STF de bloquear as emendas ocorre em um momento de transição política, com o Congresso em recesso e sem uma liderança consolidada. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estão prestes a deixar seus cargos, e as novas eleições para a presidência das Casas ocorrerão apenas em fevereiro de 2025. Esse vácuo de poder no Legislativo foi interpretado por alguns como uma oportunidade para a ação do STF, gerando reações críticas, principalmente entre figuras do centrão.

Leia também Flávio Dino manda suspender pagamento de R$ 4 bilhões em emendas;

O post Saiba quem são os 4 políticos que denunciaram esquema de emendas bilionárias em Brasília apareceu primeiro em Jornal Opção.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.