Pré-candidato do grupo Ferreira à reeleição, o prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros (PL), anunciou a ex-vereadora Irmã Babate (PL) como pré-candidata a vice, uma movimentação que causou estranheza e surpreendeu a base de apoio do gestor na Câmara Municipal.
Informação de bastidores asseguram que a escolha pela ex-parlamentar foi fruto de uma articulação feita pelo deputado federal André Ferreira, o ex- prefeito Anderson Ferreira (PL) e a primeira-dama Andrea Medeiros. Ligada ao pastor-presidente da Assembleia de Deus no Recife, Ailton José Alves, Babate desbancou nomes como Adeildo da Igreja (PL), presidente da Câmara Municipal; do vereador Pastor Ginaldo (PL), braço direito do grupo Ferreira; e da pré-candidata a vereadora Mila Aguiar.
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Na prática, a decisão de Mano reflete uma guinada à direita e evidencia a estratégia do PL de ir para dentro das igrejas disputar o voto evangélico com Clarissa Tércio, deputada federal e pré-candidata do PP à Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes. A tendência daqui por diante é de que os templos se tornem arenas onde os dois pré-candidatos buscarão acirradamente o voto evangélico, elevando a temperatura da corrida junto ao segmento.
Pré-candidato da federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB) e apoiado pelo presidente Lula (PT) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), Elias Gomes (PT) vai correr por fora em busca dos evangélicos que não seguem, necessariamente, o voto orientado por razões religiosas.
A movimentação ainda antecipa o xadrez eleitoral para 2026, quando, entre outros, estarão em disputa vagas para os legislativos estadual e federal, ocasião em que os Ferreira e os Tércio, estes aliados dos Collins, voltarão a medir forças na busca pelo protagonismo junto ao segmento evangélico.
Entretanto, a cartada de Mano, Anderson, André e Andrea, para dar certo, depende diretamente da reeleição do atual prefeito do Jaboatão dos Guararapes. Caso seja derrotado por Clarissa, Elias ou Daniel Alves (Avante), e perca o comando da segunda maior cidade do estado, Mano pode enfraquecer ainda mais o grupo Ferreira, que pode perder o comando do PL em Pernambuco e, consequentemente, espaços nos governos estadual e federal.
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