PMs investigados pela morte de caminhoneiro são presos suspeitos de tentarem coagir testemunhas, em Teresina


Segundo uma denúncia do Ministério Público, em novembro deste ano os três policiais estavam em uma perseguição contra um suspeito de roubo quando atiraram e acabaram atingindo o caminhoneiro Francisco Pereira da Silva Neto, que morreu dias depois. Comando Geral da Polícia Militar do Piauí
Catarina Costa/G1 PI
Três policiais militares investigados pela Corregedoria da Polícia Militar do Piauí por participação no assassinato de um caminhoneiro em Teresina durante uma perseguição foram presos, enquanto estavam em serviço, suspeitos de tentarem coagir testemunhas e destruir provas do caso. A prisão aconteceu nesta quinta-feira (19).
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Em nota, o advogado Otoniel Bisneto, que representa dois dos policiais, definiu a prisão como um “excesso jurídico sem precedentes” e informou que não existem provas que mostrem a suposta coerção. Ele disse ainda a defesa irá recorrer à decisão. (Confira a nota ao final da reportagem).
Foram presos os policiais militares: Clenilson Vieira de Oliveira, Carlos Alberto Vieira de Carvalho e Valdir Vieira da Costa. No momento do cumprimento dos mandados na Zona Sul de Teresina enquanto estavam em serviço.
Segundo uma denúncia do Ministério Público, em novembro deste ano, os policiais estavam em uma perseguição contra um suspeito de roubo quando atiraram, e um dos tiros teriam atingido o caminhoneiro Francisco Pereira da Silva Neto. Caminhoneiro foi encaminhado para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e veio a óbito dias depois.
Uma petição incluída no processo pelo Ministério Público aponta que os investigados estariam coagindo o proprietário de uma gráfica, localizada próximo ao local da morte do caminhoneiro, no sentido de que ele apagasse as imagens das câmeras de segurança para destruir provas.
Nota da defesa dos policiais Clenilson e Carlos Alberto:
A defesa dos policiais informa que a decretação da prisão preventiva é um excesso jurídico sem precedentes, primeiro porque o inquérito policial ainda está em andamento, e segundo, porque não existem provas de que os policiais foram coagir a suposta vítima.
O que se sabe é que o tiro que tirou a vida do caminhoneiro foi lateralizado e possivelmente havia uma terceira pessoa no local, sendo que é muito estranho que o empresário não entregou as imagens que podem mostrar o verdadeiro autor do disparo que tirou a vida do motorista.
Talvez a precipitação do empresário em fazer uma acusação tão grave mereça a devida investigação sobre as razões pelas quais ele esperou tanto tempo para fazer uma denúncia com essa gravidade contra os policiais. Ao que se sabe, quem pediu as imagens foi o comandante do Batalhão. Tudo será esclarecido no devido tempo.
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